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Atualização - Linha de cuidado à pessoa com sobrepeso e obesidade da rede de atenção à saúde (RAS) do munícipio de São Paulo

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atualizado em 28 Fev 2023
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1. Crescimento da obesidade no Brasil e a necessidade de implementação de estratégias de cuidado Nas últimas décadas, a população brasileira passou por diversas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais, que resultaram em transformações em seu modo de vida. Mudanças essas, refletidas na rápida transição demográfica, com aumento na expectativa de vida e na proporção de idosos na população; acompanhada da transição epidemiológica, que apresentou diminuição das principais doenças infecciosas conhecidas e aumento significativo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT); e também, da transição nutricional, com prevalência da desnutrição e aumento expressivo do excesso de peso, nas diferentes faixas etárias e classes de renda. As DCNT são as principais causas de óbito no mundo, sendo responsáveis por cerca de 36 milhões de mortes globais, incluindo 14 milhões de mortes prematuras, e perda de qualidade de vida com alto grau de limitação nas atividades de trabalho e de lazer, além de impactos econômicos para as famílias, comunidades e a sociedade em geral. Os principais grupos de DCNT (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, cânceres e diabetes) possuem fatores de risco modificáveis em comum, entre eles a obesidade que é, simultaneamente, uma doença e um fator de risco para outras DCNT, como a hipertensão, diabetes e alguns tipos de cânceres, igualmente com taxas de prevalência em elevação no país. O envelhecimento populacional, as mudanças nos padrões de alimentação e a redução da atividade física são algumas das condições da vida moderna que levaram ao crescimento da participação das DCNT no perfil de morbimortalidade da população, em particular a hipertensão arterial e o diabetes, agravos crônicos altamente prevalentes na população, merecendo especial atenção das políticas de saúde. A Organização Mundial de Saúde – OMS afirma: a obesidade éum dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 (Abeso,2016). No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos 13 anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019. Diante dessa prevalência, vale chamar a atenção que, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel, 2019), a frequência de obesidade é semelhante em homens e mulheres. Nestas a obesidade diminui com o aumento da escolaridade. Já em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde – MS e a Organização Panamericana da Saúde – OPAS apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos. (Abeso, 2016). Segundo a OMS um dos fatores para o aumento das DCNT se dá pela inadequação alimentar. A presença de DCNT, incluindo a obesidade, são fatores de desgaste do sistema imune e fator importante na Pandemia da COVID-19. Conhecer o padrão de consumo alimentar, individual e coletivo, é essencial para orientar a construção de políticas públicas para a atenção integral à saúde.

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