Processo de consulta pública
Programa de Metas 2021-2024 e Plano Plurianual 2022-2025
Ampliar o uso dos trólebus nos corredores exclusivos
Código da proposta: 720
Dos 133 km de corredores exclusivos, os trólebus estão presentes em apenas 3,9 km deles. No passado, sua presença era bem maior, ocupando mais de 60% dessas faixas. Muito embora muitos ainda torçam o nariz para esse tipo de veículo, a viabilidade já está comprovada.
É viável ampliar o sistema trólebus nos corredores, já que nesses locais, tais veículos tem um desempenho excepcional. Atrelado a isso, nos corredores, os veículos além de serem maiores, possuem velocidade acima e as externalidades decorrentes de acidentes, trânsito, fatores climáticos e desvios são muito menores. Soma-se a isso o fato de que as linhas que ali circulam, são altamente demandadas, fazendo com que o retorno seja compensador.
O custo para se implantar o sistema e mantê-lo, ainda é acima de outras tecnologias, como o diesel e o etanol. Entretanto, esse custo maior no início é compesnado ao longo dos anos, com a durabilidade maior dos veículos e a redução de gastos decorrentes com a poluição.
Para se implantar um sistema trólebus é necessário, basicamente se instalar a rede aérea de contato, cabos alimentadores, subestações (que podem ser as compactas), postes e a garagem.
No caso da garagem, poderiam ser usadas as já existentes fazendo pequenas adaptações para que pudessem receber os trólebus. Considerando que hoje há veículos com baterias, nem haveria a necessidade de eletrificá-las completamente. No caso dos postes, poderiam ser usados aqueles de iluminação pública, assim como era na Rua Augusta.
No caso da implantação da infraestrutura de alimentação (rede, cabo alimentador e subestações), o custo elevado no início seria compensado com a amortização ao longo dos anos. Outro ponto importante é que nos corredores passam diversas linhas, portanto, uma mesma infraestrutura seria usada por várias delas, diluindo o custo ainda mais.
Comparativamente a expansão do sistema metroviário que é cara e lenta. A implantação de um sistema de trolébus se daria num custo menor e num tempo efetivamente menor também. Se planejados para operação em corredores com veículos biarticulados, aumentaria significativamente a qualidade da mobilidade, com ganhos expressivos não só na questão ambiental, como também na economia da cidade, dada a melhoria dos deslocamentos. A ampliação e adoção deste sistema poderia por exemplo ser financiada numa modelagem que incluísse a venda de créditos de carbono, atraindo assim investimentos externos para a cidade.