Descrição
A presente Consulta Pública, promovida pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e pela São Paulo Urbanismo, tem como objetivo dar publicidade e colher contribuições da sociedade civil ao Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães – PIU Ginásio do Ibirapuera.
O Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - CVG, mais conhecido por abrigar o “Ginásio do Ibirapuera”, é um equipamento público gerido pelo Governo do Estado de São Paulo - GESP, instalado em área que foi classificada como uma Zona de Ocupação Especial - ZOE pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS (Lei nº 16.402/2016).
As ZOE são porções do território destinadas a abrigar atividades que, por suas características ou destinação específicas, necessitam de disciplina especial de parcelamento, uso e ocupação do solo, segundo o Art. 39 do PDE e Art. 15 da LPUOS. Diante de tal peculiaridade, a LPUOS definiu que a disciplina urbanística dessas porções territoriais deveria ser fixada mediante a elaboração de um PIU – Projeto de Intervenção Urbana. O PIU da ZOE definirá os parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo adequados às suas especificidades, possibilitando assim que seus equipamentos possam se desenvolver, expandir e se adaptar às novas dinâmicas da cidade, em consonância com os marcos regulatórios municipais e com especial atenção aos temas primordiais de planejamento urbano, como mobilidade, meio ambiente, entre outros.
O PIU é composto pela Proposta de Regulação Urbanística, Modelagem Econômica e Modelo de Gestão Democrática. Já a minuta de Decreto especifica as diretrizes e parâmetros aplicáveis à Zona de Ocupação Especial onde está localizado o Complexo.
O Processo de elaboração do PIU Ginásio do Ibirapuera segue os passos definidos no Decreto Municipal n° 56.901/2016, que regulamenta os projetos de intervenção urbana e que prevê a participação da população em todas as etapas de seu desenvolvimento. Desta forma, as contribuições a serem colhidas nesta Consulta Pública, assim como aquelas advindas de Audiência Pública e dos debates nos conselhos municipais associados à política urbana do município, irão colaborar para o aperfeiçoamento do projeto até sua versão final.
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Como representante do IAB SP no Condephaat, gostaria de me manifestar no que se refere ao aspecto da preservação do Complexo Esportivo como patrimônio cultural. Parte do Parque do Ibirapuera já tombado construído para celebrar o IV Centenário, dotado de marcante arquitetura moderna.
A partir de novembro do ano passado a proposta foi objeto de manifestações públicas de vários setores da sociedade pedindo a preservação pelo seu valor simbólico para o esporte nacional e pelo seu uso como formador de esportistas de alto desempenho.
Destacamos uma petição de 80 mil assinaturas pela preservação do conjunto e a liminar em Ação Popular no Tribunal de Justiça.
A liminar suspende a abertura da licitação por não ter a prefeitura apresentado um PIU que atenda claramente ao interesse público no seu programa de uso, e por estar o pedido de tombamento ainda em andamento no Conpresp.
O PIU agora é retomado sem responder a essas questões colocadas pela justiça e pela sociedade, mantendo.
O item 4.1.3 coloca hipóteses para uma possível revisão pontual de parâmetros ou eventual reelaboração futura do PIU, a depender do resultado dos estudos de tombamento, decisão contraditória e que caberia unicamente à Prefeitura, sem o necessário debate público. O cruzamento de circulações pelo terreno ignora qualquer preservação que não seja da volumetria do ginásio. Se o debate de patrimônio está em curso, o PIU deveria criar cenários para o caso da sua aprovação.
O Projeto Referencial apresentado, ainda que mantenha o Ginásio com outro uso, é mera ilustração. Apenas se preocupa em ampliar a área de terreno para novos empreendimentos imobiliários e colocar os usos que atendem exclusivamente ao equilíbrio financeiro de eventual concessão.
Nada que atenda ao interessa público.
Importante que os parâmetros sejam refeitos considerando as possibilidades de preservação total ou parcial dos equipamentos do conjunto e seus principais usos.
É o único modo da concessão atender ao inter
E essas audiências e pretensas aberturas para ouvirem a população, conversa pra boi dormir. Só para cumprir uma legislação retórica que diz que ouve a sociedade. Piada.
Como sempre o destino da cidade sendo escrito pelos incorporadores em conjunto com políticos que não estão nem aí com a cidade nem com o cidadão. Movidos pela ganância infinita.
Todo esse bla bla bla para quererem justificar esse absurdo de transformar o ginásio num shopping center, como se a cidade necessitasse de mais um shoping center. Isso é o Estado abrindo mão de sua obrigação de manter os equipamentos públicos para atender interesses particulares e corporativos. Quem escreveu esse longo texto não está nem aí com a atividade esportiva e não dá a mínima importância para a preservação da história e memória da cidade. Lamentável e triste no que querem transformar esse espaço.