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Interromper licenças de demolição e construção nas ZEUs para análise de efeitos

Fábio Lucio Sanchez Fábio Lucio Sanchez  •  20/10/2022  •    9 comentários

Código da proposta: 3367

O objetivo de adensar as áreas de melhor infraestrutura está sendo atingido quantitativamente, mas os efeitos da destruição nos bairros tradicionais sobre a vida dos moradores precisam ser avaliados. A intervenção nas ZEUS está destruindo a pluralidade e a diversidade dos antigos bairros.

O Relatório de Monitoramento e Avaliação da Implementação do PDE 2014 a 2020 revelou que o objetivo de adensar as áreas com melhor infraestrutura de mobilidade e de oferta de serviços está sendo atingido quantitativamente, mas a análise do Relatório ignorou os efeitos da destruição de trechos inteiros de bairros tradicionais sobre a vida dos seus moradores. Quadras inteiras, vilas, pequenos prédios foram derrubados, assim como trechos urbanos mistos (comercial e residencial). Isso teve por efeito a expulsão dos antigos moradores para áreas distantes, pois mesmo vendendo seus imóveis não conseguem comprar um semelhante na mesma região, cujo valor do m2 subiu muito, fruto da especulação imobiliária e da competição entre as incorporadoras. Constata-se que as unidades de pequena metragem nos eixos do metrô e ônibus estão sendo compradas por investidores para futura locação e não por usuários diretos, trabalhadores que se beneficiariam de moradias com boas condições de mobilidade urbana, como previa o PDE. Além disso, as construções novas são de médio e alto padrão, alterando o perfil dos bairros (de classe média baixa para classe média alta ou alta; de uso misto para quase exclusivamente residencial).  Mesmo que as novas edificações não ofereçam garagens ou as ofereçam em número restrito, haverá fluxo maior de veículos pelas ruas já congestionadas dos bairros. Uma revisão do PDE deve considerar essas transformações de ordem qualitativa e humana e avaliar os efeitos não previstos que elas estão causando. A intervenção nas ZEUS está destruindo a pluralidade e a diversidade que caracterizou os antigos bairros, desumanizando-os.


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  • Rosanne Guiomar Brancatelli

    O adensamento previsto no perímetro de zonas de transporte, não estão sendo feitos sob planejamento regional, estão construindo prédios sobre prédios, uns prejudicando os outros, destruindo espaços valiosos em muitos bairros. Adensamento deve ser populacional e não construtivo, trazer hóspedes não serão moradores efetivos. A construção excessiva nessas zonas estão perturbando moradores e comerciantes de quadras inteiras sem limite de número de obras, causando muito impactos ao mesmo tempo.

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    • Eliane Rodrigues Tambelli

      Os bairros de Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis estão sendo demolidos, surgindo no lugar de suas ruas com casas, corredores de barulho, pouco sol e insegurança com a construção de edifícios enormes sem recuo.

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      • cristina bonecker

        Assunto importantíssimo! Muito cruel o que vem acontecendo em algumas regiões da cidade. Adensamento desenfreado. Edifícios construídos sem estudo de impacto nas vizinhanças. Fim da qualidade de vida dos moradores que conseguem permanecer além da expulsão dos antigos moradores com o objetivo único de lucro dos especuladores. Não há, visivelmente, intenção de trazer qualidade de vida e qualidade ambiental, tampouco criar habitações de interesse social.

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        • Magda Beretta

          Apoio! ótima proposta!

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          • majory imai

            Excelente proposta, a Prefeitura precisa ouvir a população. É urgente barrar as construções desenfreadas sobre as areas de Zeus. É urgente preservar areas como o quadrilatero vilas do sol.Estes mecanismo de revisāo realizados não abriram espaços efetivos para consertos erros graves do pde, foram oficinas e participações meramente protocolares e existem milhares de pessoas no bairro sendo extremamente prejudicadas. O transito esta se tornando insuportável, assim como as movimentações de caminhões e descargas de materiais de construção invadem as madrugadas e prejudicam o sono de todos. Durante o dia arvores sendo retiradas, arranha céus ocupando todos os espaços, gerando sombras sobre as areas baixas, ocupando os solos em desrespeito a toda rede de lençois freaticos. Nao existe respeito pela vizinhança composta por mais de 65.000 habitantes no bairro e os impactos sociais, ambientais e urbanisticos sao escalonados, p é importante interromper imediatamente as licenças de demolição.

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            • Michel Hoog Chaui do Vale

              Excelente proposta! A análise dos efeitos dessas transformações é algo urgente; dela dependerá o ajuste da lei no sentido de viabilizar a convivência de novos empreendimentos com os conjuntos dos bairros que conformam as paisagens de valor cultural e urbanístico. Ainda, deverá garantir a efetiva destinação do adensamento construtivo para as populações de mais baixa renda, que precisam de moradia subsidiada nos EETU. Estúdios de 20m2 não são habitação social, mas produtos de especulação imobiliária para investidores, que não precisam dos benefícios que o Plano Diretor criou.

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              • Claudia Martins

                Essa proposta foi discutida e apoiada pelo FÓRUM VERDE PERMANENTE DE PARQUES, PRAÇAS E ÁREAS VERDES

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                • Fábio Lucio Sanchez

                  Sim, isso é urgente. A revisão do Plano Diretor tem que considerar os erros que não foram previstos em 2014 e ajustar. Essa proposta é fundamental, pois a cidade está sendo usurpada de modo que em vários locais já não será possível voltar atrás e reparar os erros.

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                  • Claudia Martins

                    Muito importante interromper as licenças de demolição e construção nas ZEUs para análise dos efeitos nas populações atingidas e no tecido urbano, assim como para a elaboração de proposta de correções necessárias. Bairros tradicionais de São Paulo, como a Vila Mariana, Pinheiros e muitos outros, estão sendo descaracterizados.

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