14. Considerando os resultados do Diagnóstico de Aplicação do Plano Diretor e também a sua vivência na cidade, você gostaria de acrescentar alguma sugestão, crítica ou contribuição para esta Etapa da Revisão Intermediária do PDE?
Redução de trânsito e melhora na mobilidade se dão principalmente pelo adensamento, e não por pintar ciclofaixas ou limitar numero de vagas. O adensamento dos eixos foi incompatível com o porte da cidade e não justificaram a custos ampliação do sistema metroviário (vide estação Campo Belo, sempre vazia), como também acabou por simplesmente esquecer (!!!) de incluir quarteirões dentro dos ZEUs, mesmo atendendo às premissas de raio impostas pelo PDE. Novamente, este erro aconteceu no entorno da estação Campo Belo! Além disso, o "achatamento" das construções fora dos eixos foi um "tiro no pé", pois criaram custos construtivos mais altos que contribuem com a elitização dos bairros centrais empurrando a população para periferias. Além disso, dado um mesmo coeficiente de aproveitamento, um prédio mais baixo/largo ocupa mais terreno do que um mais alto/fino, reduzindo áreas verdes e permeáveis. O município poderia "usar mais" o setor privado para ajudar a resolver os problemas da cidade.
Desde 2017 está previsto um piscinão na avenida Anhaia Mello, sob um dos campos de futebol do Clube Escola Vila Alpina, este projeto fez parte do PDE anterior, mas infelizmente, o projeto não foi concretizado, causando mais enchentes na região. Precisamos de meios para garantir que este projeto e tantos outros do PDE anterior, que não foram realizados, sejam incluidos neste plano diretor e que sejam realizados dentro do prazo.
Por este motivo solicito a inclusão no PDE da construção do piscinão na avenida Anhaia Mello, sob um dos campos de futebol do Clube Escola Vila Alpina
Há escassez de terrenos próximos aos melhores meios de transporte (metrô, trem, monotrilho), logo precisamos aumentar o aproveitamento destes terrenos, oferecendo maior quantitade (e tamanho) dos imóveis. Ao aumentar a quantidade de unidades, gera-se efeito cascata melhorando oferta e preço.
Alterações muito simples permitem aumentar o aproveitamento destes terrenos. Em cidades charmosas (Madrid, Buenos Aires, Montevideo, Londres, Barcelona...) é normal não haver recuo nos imóveis, com calçadas largas e muitos prédios baixos (predinhos charmosos).
Podemos aqui em SP facilmente reduzir ZERANDO os recuos, e exigindo calçadas largas e bem arborizadas, com utilização do térreo (fachada ativa), SEM PRECISAR MEXER NO GABARITO. O ser humano consegue viver tranquilamente sem recuo lateral e frontal.
A compensação da drenagem ocorre por pequenas praças e parques, que são exigidas como compensação às construtoras.
TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL
As formas de compensação pela supressão de espécies arbóreas realizadas por Termo de Compromisso Ambiental, têm sido ampliadas ao longo do tempo, permitindo-se atualmente, em caráter excepcional, a conversão em valores monetários utilizados para a execução de obras de manutenção em áreas verdes e serviços, inclusive a contratação para elaboração de levantamentos planialtimétricos ou projetos executivos de novos parques, nem sempre implantados. Na página da SVMA, observa-se que é possível a realização do manejo acima de cem exemplares arbóreos (vide muros verdes da Av. 23 de Maio, resultado do corte de mais de 800 árvores).
Assim, considera-se que é necessário limitar o número de árvores passíveis de supressão em um único empreendimento, bem como eliminar a possibilidade de conversão da compensação em obras e serviços, visto que, neste caso, não ocorre uma real compensação pelos serviços ambientais prestados pela vegetação suprimida.
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM ÁREA URBANA
A Lei Federal nº 14.825/2021 flexibilizou a definição das Áreas de Preservação Permanente (APP) marginais aos cursos d’água, em áreas urbanas consolidadas, delegando a sua delimitação aos planos diretores e às leis municipais de uso do solo. Entretanto, o simples fato de estarem ocupadas e consolidadas não as descaracteriza como locais de espraiamento natural do leito dos cursos d’água, fenômeno que continuará a ocorrer independentemente de lei ou decreto. Dessa forma, se houver a intenção de estabelecer diretrizes para a ocupação das APPs em áreas urbanas, com base na nova legislação federal em vigor, é necessário que elas não agravem ainda mais as condições de regiões já sujeitas a alagamentos e enchentes na cidade, lembrando que a própria lei esclarece que “os limites das áreas de preservação permanente marginais de qualquer curso d'água natural em área urbana serão determinados nos planos diretores e nas leis municipais de uso do solo.
A impermeabilização do solo nas áreas mais altas dos bairros tbm aumentará as enchentes nos bairros mais baixos. Vejo casas sendo demolidas para construir predinhos de 3/4/5 pavimentos, espaço de terra substituído por mini habitações de 20/25m2.
São basicamente 3 questões relacionadas com os EETUs:
3- fomentar a ação de empresas públicas na reconstrução da cidade no entorno das estações do Metrô - outorgando à CMSP prerrogativas de agente supraqualificado para encampar desenvolvimento imobiliário para atendimento ao interesse público nas frentes de expansão da rede (concessão urbanística a partir de PIU, p. ex.) de forma a maximizar sinergias econômicas e ganhos urbano-ambientais.
São basicamente 3 questões relacionadas com os EETUs:
2- criar mecanismo de redefinição do zoneamento em caso de implantação de novas estações de trem e metrô não previstas no PDE - como a municipalidade não tem gerência sobre os planos e projetos de implantação do sistema de transporte de alta capacidade, uma eventual nova estação implantada, principalmente nos longos intervalos entre estações de algumas linhas da CPTM, que poderiam vir a ser oportunamente interessantes tanto para a companhia quanto para a cidade e seus agentes;
** continua...
São basicamente 3 questões relacionadas com os EETUs:
1- diferenciar os parâmetros ao longo dos eixos - calibrar incentivos, cálculo de outorga, índices etc. de acordo com o território que o mesmo está atravessando (Vila Madalena x Vila Independência x Vila Diva x Vila Nova Manchester, p. ex., são todas 'vilas' com contextos morfológicos, apelo imobiliário, passivos socioambientais e potenciais de transformação tão distintos que uma 'regra unificada' tende a privilegiar aspectos que são mais significativos, e mesmo válidos, em uma do que nas outras);
** continua...
Precisamos descentralizar a cidade de São Paulo, criando mecanismos
para cada bairro possa ser auto-suficiente, para que os moradores não
precisem buscar oportunidades em outras regiões.
Chega de atravessar a cidade em busca de oportunidades de negócios,
empregos,diversão e lazer.
Precisamos parar de levar recursos financeiros para outras regiões de
São Paulo,
Não tem sentido a pessoa morar na Zona Norte e trabalhar na Zona Sul, se o morador tiver emprego na própria região onde mora, ele usará seus recursos financeiros para ser utilizado em seu próprio bairro.
Precisamos mudar o zoneamento no entorno da Zonas Estritamente Residenciais para permitir a criação e o desenvolvimento de atividades comerciais que possibilitaram aos moradores utilizarem seus imóveis para abertura de empresas gerando oportunidades de renda e empregos.
A qualidade de vida de qualquer cidadão está diretamente ligada a seu
emprego e renda.
O PDE tem objetivos muito bons, porém, a implementação de muitos dispositivos não atenderam de maneira satisfatória e portanto, muito ajustes precisam ser feitos e fiscalizados para que as melhorias realmente aconteçam e possam ter uma cidade melhor para todos seus cidadãos
Redução de trânsito e melhora na mobilidade se dão principalmente pelo adensamento, e não por pintar ciclofaixas ou limitar numero de vagas. O adensamento dos eixos foi incompatível com o porte da cidade e não justificaram a custos ampliação do sistema metroviário (vide estação Campo Belo, sempre vazia), como também acabou por simplesmente esquecer (!!!) de incluir quarteirões dentro dos ZEUs, mesmo atendendo às premissas de raio impostas pelo PDE. Novamente, este erro aconteceu no entorno da estação Campo Belo! Além disso, o "achatamento" das construções fora dos eixos foi um "tiro no pé", pois criaram custos construtivos mais altos que contribuem com a elitização dos bairros centrais empurrando a população para periferias. Além disso, dado um mesmo coeficiente de aproveitamento, um prédio mais baixo/largo ocupa mais terreno do que um mais alto/fino, reduzindo áreas verdes e permeáveis. O município poderia "usar mais" o setor privado para ajudar a resolver os problemas da cidade.
Desde 2017 está previsto um piscinão na avenida Anhaia Mello, sob um dos campos de futebol do Clube Escola Vila Alpina, este projeto fez parte do PDE anterior, mas infelizmente, o projeto não foi concretizado, causando mais enchentes na região. Precisamos de meios para garantir que este projeto e tantos outros do PDE anterior, que não foram realizados, sejam incluidos neste plano diretor e que sejam realizados dentro do prazo.
Por este motivo solicito a inclusão no PDE da construção do piscinão na avenida Anhaia Mello, sob um dos campos de futebol do Clube Escola Vila Alpina
Há escassez de terrenos próximos aos melhores meios de transporte (metrô, trem, monotrilho), logo precisamos aumentar o aproveitamento destes terrenos, oferecendo maior quantitade (e tamanho) dos imóveis. Ao aumentar a quantidade de unidades, gera-se efeito cascata melhorando oferta e preço.
Alterações muito simples permitem aumentar o aproveitamento destes terrenos. Em cidades charmosas (Madrid, Buenos Aires, Montevideo, Londres, Barcelona...) é normal não haver recuo nos imóveis, com calçadas largas e muitos prédios baixos (predinhos charmosos).
Podemos aqui em SP facilmente reduzir ZERANDO os recuos, e exigindo calçadas largas e bem arborizadas, com utilização do térreo (fachada ativa), SEM PRECISAR MEXER NO GABARITO. O ser humano consegue viver tranquilamente sem recuo lateral e frontal.
A compensação da drenagem ocorre por pequenas praças e parques, que são exigidas como compensação às construtoras.
TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL
As formas de compensação pela supressão de espécies arbóreas realizadas por Termo de Compromisso Ambiental, têm sido ampliadas ao longo do tempo, permitindo-se atualmente, em caráter excepcional, a conversão em valores monetários utilizados para a execução de obras de manutenção em áreas verdes e serviços, inclusive a contratação para elaboração de levantamentos planialtimétricos ou projetos executivos de novos parques, nem sempre implantados. Na página da SVMA, observa-se que é possível a realização do manejo acima de cem exemplares arbóreos (vide muros verdes da Av. 23 de Maio, resultado do corte de mais de 800 árvores).
Assim, considera-se que é necessário limitar o número de árvores passíveis de supressão em um único empreendimento, bem como eliminar a possibilidade de conversão da compensação em obras e serviços, visto que, neste caso, não ocorre uma real compensação pelos serviços ambientais prestados pela vegetação suprimida.
Concordo com vc Carlos. O último que está "sendo lembrado" é o meio ambiente, a poluição, o impacto que causará a poluição.
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM ÁREA URBANA
A Lei Federal nº 14.825/2021 flexibilizou a definição das Áreas de Preservação Permanente (APP) marginais aos cursos d’água, em áreas urbanas consolidadas, delegando a sua delimitação aos planos diretores e às leis municipais de uso do solo. Entretanto, o simples fato de estarem ocupadas e consolidadas não as descaracteriza como locais de espraiamento natural do leito dos cursos d’água, fenômeno que continuará a ocorrer independentemente de lei ou decreto. Dessa forma, se houver a intenção de estabelecer diretrizes para a ocupação das APPs em áreas urbanas, com base na nova legislação federal em vigor, é necessário que elas não agravem ainda mais as condições de regiões já sujeitas a alagamentos e enchentes na cidade, lembrando que a própria lei esclarece que “os limites das áreas de preservação permanente marginais de qualquer curso d'água natural em área urbana serão determinados nos planos diretores e nas leis municipais de uso do solo.
A impermeabilização do solo nas áreas mais altas dos bairros tbm aumentará as enchentes nos bairros mais baixos. Vejo casas sendo demolidas para construir predinhos de 3/4/5 pavimentos, espaço de terra substituído por mini habitações de 20/25m2.
São basicamente 3 questões relacionadas com os EETUs:
3- fomentar a ação de empresas públicas na reconstrução da cidade no entorno das estações do Metrô - outorgando à CMSP prerrogativas de agente supraqualificado para encampar desenvolvimento imobiliário para atendimento ao interesse público nas frentes de expansão da rede (concessão urbanística a partir de PIU, p. ex.) de forma a maximizar sinergias econômicas e ganhos urbano-ambientais.
São basicamente 3 questões relacionadas com os EETUs:
2- criar mecanismo de redefinição do zoneamento em caso de implantação de novas estações de trem e metrô não previstas no PDE - como a municipalidade não tem gerência sobre os planos e projetos de implantação do sistema de transporte de alta capacidade, uma eventual nova estação implantada, principalmente nos longos intervalos entre estações de algumas linhas da CPTM, que poderiam vir a ser oportunamente interessantes tanto para a companhia quanto para a cidade e seus agentes;
** continua...
São basicamente 3 questões relacionadas com os EETUs:
1- diferenciar os parâmetros ao longo dos eixos - calibrar incentivos, cálculo de outorga, índices etc. de acordo com o território que o mesmo está atravessando (Vila Madalena x Vila Independência x Vila Diva x Vila Nova Manchester, p. ex., são todas 'vilas' com contextos morfológicos, apelo imobiliário, passivos socioambientais e potenciais de transformação tão distintos que uma 'regra unificada' tende a privilegiar aspectos que são mais significativos, e mesmo válidos, em uma do que nas outras);
** continua...
DESCENTRALIZAR PARA DESENVOLVER
Precisamos descentralizar a cidade de São Paulo, criando mecanismos
para cada bairro possa ser auto-suficiente, para que os moradores não
precisem buscar oportunidades em outras regiões.
Chega de atravessar a cidade em busca de oportunidades de negócios,
empregos,diversão e lazer.
Precisamos parar de levar recursos financeiros para outras regiões de
São Paulo,
Não tem sentido a pessoa morar na Zona Norte e trabalhar na Zona Sul, se o morador tiver emprego na própria região onde mora, ele usará seus recursos financeiros para ser utilizado em seu próprio bairro.
Precisamos mudar o zoneamento no entorno da Zonas Estritamente Residenciais para permitir a criação e o desenvolvimento de atividades comerciais que possibilitaram aos moradores utilizarem seus imóveis para abertura de empresas gerando oportunidades de renda e empregos.
A qualidade de vida de qualquer cidadão está diretamente ligada a seu
emprego e renda.
Concordo Tadeu, mas tendo estudo do impacto para cada atividade e em conjunto com os moradores da região.
O PDE tem objetivos muito bons, porém, a implementação de muitos dispositivos não atenderam de maneira satisfatória e portanto, muito ajustes precisam ser feitos e fiscalizados para que as melhorias realmente aconteçam e possam ter uma cidade melhor para todos seus cidadãos