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Preservação das ruas de paralelepípedo

Maria fernanda salles de aguiar Maria fernanda salles de aguiar  •  14/04/2025  •    7 comentários

Código da proposta: 3863

Atualmente São Paulo possui poucas ruas de paralelepípedo, pavimento permeável e durável, que ajuda a evitar enchentes. Ao invés de asfaltar essas ruas, a prefeitura deveria mantê-las, contratando e treinando mão de obra para assentar adequadamente os blocos.

Utilizado na cidade de São Paulo desde 1856, o pavimento de paralelepípedo é histórico e pode durar centenas de anos. Mas atualmente, sua importância supera os aspectos estéticos e históricos: por ser permeável, contribui com o escoamento das águas pluviais para os lençóis freáticos e ajuda a evitar enchentes, podendo ser considerado uma solução baseada na natureza - SBN. Além disso, é importante ressaltar que as ruas de paralelepípedo são antigas e dificilmente possuem boca de lobo ou infraestrutura de captação de águas pluviais, de forma que asfalta-las, como se tornou comum em nossa cidade, é um grande equívoco.Os blocos de pedra também ajudam a manter o microclima local mais fresco e fazem com que os automóveis trafeguem em menor velocidade. Por estes motivos, existe um movimento crescente de moradores que se unem contra o asfaltamento de suas ruas de paralelepípedo, o que algumas vezes é respeitado pelo poder público. Mas mais do que não pavimentar com asfalto, é preciso que a prefeitura invista na adequada manutenção dessas ruas, que estão sempre esburacadas e remendadas com pixe. Parte do problema é provocado pelas concessionárias de água e gás, que fazem obras de manutenção e não deixam o pavimento da forma como encontraram. Ou seja:  é preciso investir em: 1) qualificação do serviço de tapa-buraco, para que execute tarefas mais especializadas; 2) fiscalizaçãoo e cobrança das empresas concessionárias para que cumpram suas responsabilidades contratuais.

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Documentos (1)


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  • Fred Ghedini

    Tenho acompanhado a reposição dos paralelepípedos, seja pela Sabesp, seja pela Prefeitura, na Sebastião Velho (Pinheiros) e ruas vizinhas O trabalho não tem sido bom. As ruas ficam desniveladas. Aí sim, tornam-se um problema. Deve existir norma técnica a ser seguida. As empresas de serviços públicos deveriam ser multadas quando não obedecessem a esse tipo de normatização. Só assim elas teriam mais cuidado. Quanto ao trabalho da própria Prefeitura, concordo com a Fernanda: é preciso formar mão de obra com conhecimento específico para o trabalho. Vocês podem notar que nas ruas de paralelepípedo mais antigas a colocação foi muito mais cuidadosa do que se faz atualmente.

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    • Sabrinass

      As ruas com paralelepipedo sao pequenas, planas, possuem majoritariamente transito local dos proprios moradores. Preservar elas ajuda no escoamento da agua, segurança das crianças e familias que andam a pé, reduzem a velocidade dos carros que passam, e requerem menos manutençao que asfalto mal feito. Aguentam mais as chuvas e protegem a vegetacao. O unico problema atual é a falta de mao de obra para dar manutencao, quando, por exemplo, a sabesp precisa abrir a rua para passar um cano novo. Ou quando a congas precisa passar tubulacao. Sao essas situacoes que acabam removendo as atuais pedras e que nao sao propriamente repostas. Quando um time vai realizar obra publica em via de paralelepipedos, um time especializado ja deveria ser acionado e ficar a postos para quando precisar reparar

      • Maria fernanda salles de aguiar

        Você tem toda razão. Alem de não asfaltar, o poder público precisa reaprender a fazer a manutenção dos paralelepípedos. Pelo que tenho pesquisado e observado sobre esse tema, pois moro num bairro com algumas ruas com esse pavimento, o segredo está na compactação do solo que vai dar suporte aos blocos de pedra. Seria muito interessante se a prefeitura fizesse um projeto piloto em algumas ruas, de forma a qualificar um grupo de trabalhadores para fazer esse serviço da forma como deve ser feito.

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      • Carolina Hanashiro

        Os paralelepípedos têm uma importante papel para a absorção das águas no solo da cidade e a redução da temperatura. Por que não preservar o que funciona e contribuir de fato para mitigar os efeitos das mudanças climáticas?

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        • carlosrequena

          Preservar ruas com paralelepípedos não é uma decisão pública, é técnica. Paralelepípedos são escorregadios na chuva, ruidosos, dificultam a sinalização horizontal, danificam veículos e aumentam o risco de acidentes, especialmente em cruzamentos. Também comprometem a mobilidade de quem mais precisa: cadeiras de rodas, carrinhos de bebê e pessoas com deficiência têm sua circulação dificultada. Além disso, inviabilizam o uso de bicicletas e patinetes, desestimulando modos de transporte mais sustentáveis. A manutenção é cara, demorada e ineficiente. Não há ganho ambiental, técnico ou funcional que justifique sua permanência onde não há valor histórico concreto. Pavimento urbano deve ser seguro, acessível e eficiente. Paralelepípedos não cumprem mais esse papel. Pavimento não é patrimônio — é infraestrutura, e deve acompanhar as necessidades reais da cidade e de quem nela circula todos os dias. Segurança e acessibilidade devem vir antes do saudosismo.

          • Maria fernanda salles de aguiar

            Discordo de você. A proposta não é instalar novas ruas de paralelepípedos, mas manter as poucas que existem, pelos motivos acima expostos. Paralelepípedos em ruas íngremes podem ser substituídos por outros pisos permeáveis, exceto asfalto, que contamina o lençol freático. As ciclovias não precisam passar pelas poucas vias de paralelepípedo existentes. Barulhentas sao as ruas de asfalto, que são um convite para a velocidade dos automóveis.

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          • Valeria Rueda

            As ruas de paralelepípedos contribui para a alimentação do lençol freático, se os governantes dizem que São Paulo é participante do combate as mudanças climáticas, deve apoiar essa iniciativa, prestigia-la, divulgá-la. Parabéns.

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