Processo de consulta pública
Código da proposta: 4771
Propomos que São Paulo reconheça a Natureza como sujeito de direitos, promovendo justiça ecológica e dignidade planetária de todos os seres. É hora de superar o neoextrativismo e restaurar o bem-viver e o vínculo sagrado entre cidade e a Mãe Terra, reconhecendo os Direitos da Natureza em São Paulo
A cidade de São Paulo, marcada por intensas contradições socioambientais, precisa adotar um novo paradigma de desenvolvimento que reconheça a interdependência entre a vida humana e a integridade dos ecossistemas. Por isso, propõe-se a inclusão dos Direitos da Natureza no Plano de Metas da Prefeitura (2025–2028), com base em princípios como o Bem Viver, a Dignidade Planetária e o respeito à Mãe Terra. Esses conceitos, presentes em constituições latino-americanas e já acolhidos por municípios brasileiros, defendem que a Natureza possui direitos próprios — como existir, regenerar-se e manter seus ciclos vitais —, e que a cidade deve ser construída com base em relações de cuidado, equilíbrio e reciprocidade.
A proposta visa instituir uma política municipal inovadora, com metas específicas de proteção de rios, nascentes, matas urbanas e biodiversidade, integrando justiça ecológica às políticas de habitação, mobilidade, saúde e cultura. Prevê-se também a criação de um Conselho dos Direitos da Natureza, com participação popular, e a elaboração de indicadores de Bem Viver que substituam métricas puramente econômicas. Esta agenda rompe com a lógica do neoextrativismo urbano, que transforma a cidade em mercadoria e destrói a natureza para o lucro de poucos, e propõe um novo pacto civilizatório: uma São Paulo que reconhece a Terra como um ser vivo, digno de respeito e cuidado, essencial à vida presente e futura, dos humanos e alem-humanos.
Precisamos garantir os direitos de seres sempre silenciados pelas grandes metrópoles! Direitos da Natureza JÁ!
A modernidade da gestão pública e do Direito apontam para o emergente reconhecimento dos direitos da natureza. Uma cidade como São Paulo, que no ano passado chegou a ficar no topo do ranking das cidades mais poluiidas do mundo, tem que levar a sério essa questão.