Como você avalia a situação do Largo da Batata e seu entorno do que tange a integração dos diferentes usos na cidade? (Residenciais, Serviços, Comerciais como o Mercado de Pinheiros, feiras livres, restaurantes, bares, lojas, etc)
Tudo pode se integrar, porém, hj a praça distancia as pessoas tanto os moradores quanto as pessoas que somente trabalham no entorno. Essa união na praça, nao acontece devido a falta de segurança, sujeira e falta de verde, ou seja, se a praca fosse mais cuidada, teríamos mais pessoas transitando.
Considero o Largo da Batata com personalidade histórica de ponto de encontro de São Paulo com o interior do Estado através da Estrada da Boiada, que nunca deveria ter mudado de nome, onde moro ao lado da praça do pôr do sol há 40 anos. Não há como se pretender que a mesma venha suprir o que consta em área como do Parque Ibirapuera, mas ensaiamos em nossos esboços de sua reformulação, já de conhecimento público pela imprensa há 3 anos, uma nova área integrada, mas solta das subáreas divididas pela av. Faria Lima. Neste espaço semi-elevado criamos em quase meio ha, um foco de atração cívica cultural de livre expressão à disposição da cidade que no dia a dia permitirá ver o sol através do eixo da avenida à oeste e a noite contemplar-se de grande plano de aspersores, chafariz, sob iluminação cênica e holográfica a encantar o entorno. Quanto a esta moldura de mercado, feiras, restaurantes, bares, lojas estarão sendo mais tranquilos e respeitados no momento em que a "bagunça" estiver no deck
O Largo da Batata está inserido em uma área com grande diversidade de usos, como o Mercado de Pinheiros, bares, restaurantes, feiras livres, comércios populares, serviços e residências, mas essa convivência ainda acontece de forma desarticulada e muitas vezes conflitiva. A falta de uma mediação ativa entre os diferentes interesses e a ausência de espaços de diálogo dificultam a construção de uma convivência equilibrada no território. A valorização imobiliária da região também impõe pressões sobre os usos populares e tradicionais. Para fortalecer a integração entre as múltiplas funções do entorno, é fundamental reconhecer o Largo como espaço comum e estratégico para a costura dessas dinâmicas, promovendo processos participativos e instrumentos de governança que articulem os diversos atores na construção de pactos e diretrizes para o uso do território.
Conselho de Política Urbana-ACSP.No sentido Instituto Tomie Ohtake da mesma avenida, por outro lado, o uso corporativo dá lugar ao uso comercial que, por sua vez, apresenta muita ociosidade e divide grandes terrenos com áreas de estacionamento. Adentrando essa porção do território, verifica-se um uso mais intenso no período noturno em virtude da grande variedade de bares, restaurantes e casas de shows. Quando se fala especificamente do Largo, por sua vez, a região é árida e serve apenas à passagem de pedestres, seja de dia ou de noite. A presença de bares e restaurantes, a exemplo dos existentes no Mercado de Pinheiros, tem sido uma das grandes forças de revitalização da área. As zonas que vêm presenciando um processo de modernização e valorização, entretanto, têm observado os efeitos da gentrificação, oriundo do aumento dos custos de aluguel e da vida cotidiana, com impacto direto, sobretudo, na população de baixa renda que tradicionalmente residia na região.
Conselho de Política Urbana-ACSP.Em termos de usos, o Largo da Batata e suas imediações possuem um mix interessante, contemplando comércio/serviços, bares e restaurantes, escritórios e, na direção dos miolos dos bairros, residências. Porém, são observados muitos imóveis vazios, sobretudo na Avenida Brigadeiro Faria Lima. A Rua Teodoro Sampaio, com seu tradicional comércio popular, apresenta intenso e constante fluxo de pedestres, o que não se observa nas demais ruas adjacentes ao Largo. No sentido do centro financeiro da Avenida Brig. Faria Lima, por sua vez, o vaivém de pedestres é visto apenas no início e final do expediente diário, e no horário de almoço. Focada no uso corporativo, essa porção do território não possui atrativos e áreas voltadas à permanência de pedestres, e pouca mescla com uso comercial e de serviços.
Diversos prédios novos foram construídos recentemente, sem limites de altura, descaracterizando toda a arquitetura e história que o bairro possui. Muitos comércios pequenos e tradicionais foram fechados para dar espaço a estes empreendimentos. Faltam feiras de rua no baixo Pinheiros. O Mercado de Pinheiros é excelente e ainda temos um bom comércio de rua na Teodoro Sampaio, apesar de muitos lugares estarem fechados desde a Pandemia. Ainda há diversos restaurantes e bares na região.
Os comércios e serviços na região ainda são insuficientes, levando em consideração esse crescimento populacional na região. Acredito que os equipamentos públicos (o largo, as praças) deveriam abraçar mais essas atividades comerciais, com calçadas mais bem cuidadas, espaços seguros para pedestres transitarem, conectados com o transporte público e com os serviços essenciais. Existem poucas opções de supermercados na região, e o trajeto até eles é pouco convidativo e pouco seguro. A municipalidade poderia focar mais nos pedestres e menos nos automóveis, enxergar mais na perspectiva de quem está a pé.
Meu medo é que se intensifique na região o ocorrido em outras partes do bairro e da cidade: a construção desenfreada de prédios. É preciso conservar os pequenos comércios, a diversidade arquitetônica, o valor histórico. Nesse sentido, é extremamente preocupante que tantos terrenos sejam de propriedade do mesmo fundo de investimentos, o Jacarandá (que, pelo que entendi, também está envolvido nessa consulta!...). É muito poder concentrado. Os administradores do fundo podem transformar o bairro drasticamente quando bem entenderem.
As redondezas do largo estão horríveis. Os protibulos e botecos atraem muita gente que faz aumentar a sensação de insegurança além da imundície (vale tentar passar num domingo de manhã na cardeal - é lixo, xixi, usuários, briga, gritaria). O espaço do Lapi que parecia ser um projeto super bacana de integração e revitalização parece ter perdido a velocidade de instalação (compreensível, não deve estar trazendo público devido aos problemas da região), a rua do pítico virou uma aberracao…..
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Tudo pode se integrar, porém, hj a praça distancia as pessoas tanto os moradores quanto as pessoas que somente trabalham no entorno. Essa união na praça, nao acontece devido a falta de segurança, sujeira e falta de verde, ou seja, se a praca fosse mais cuidada, teríamos mais pessoas transitando.
Considero o Largo da Batata com personalidade histórica de ponto de encontro de São Paulo com o interior do Estado através da Estrada da Boiada, que nunca deveria ter mudado de nome, onde moro ao lado da praça do pôr do sol há 40 anos. Não há como se pretender que a mesma venha suprir o que consta em área como do Parque Ibirapuera, mas ensaiamos em nossos esboços de sua reformulação, já de conhecimento público pela imprensa há 3 anos, uma nova área integrada, mas solta das subáreas divididas pela av. Faria Lima. Neste espaço semi-elevado criamos em quase meio ha, um foco de atração cívica cultural de livre expressão à disposição da cidade que no dia a dia permitirá ver o sol através do eixo da avenida à oeste e a noite contemplar-se de grande plano de aspersores, chafariz, sob iluminação cênica e holográfica a encantar o entorno. Quanto a esta moldura de mercado, feiras, restaurantes, bares, lojas estarão sendo mais tranquilos e respeitados no momento em que a "bagunça" estiver no deck
O Largo da Batata está inserido em uma área com grande diversidade de usos, como o Mercado de Pinheiros, bares, restaurantes, feiras livres, comércios populares, serviços e residências, mas essa convivência ainda acontece de forma desarticulada e muitas vezes conflitiva. A falta de uma mediação ativa entre os diferentes interesses e a ausência de espaços de diálogo dificultam a construção de uma convivência equilibrada no território. A valorização imobiliária da região também impõe pressões sobre os usos populares e tradicionais. Para fortalecer a integração entre as múltiplas funções do entorno, é fundamental reconhecer o Largo como espaço comum e estratégico para a costura dessas dinâmicas, promovendo processos participativos e instrumentos de governança que articulem os diversos atores na construção de pactos e diretrizes para o uso do território.
Muito bom, facilidade de acdsso e variedade de opções no entorno
Conselho de Política Urbana-ACSP.No sentido Instituto Tomie Ohtake da mesma avenida, por outro lado, o uso corporativo dá lugar ao uso comercial que, por sua vez, apresenta muita ociosidade e divide grandes terrenos com áreas de estacionamento. Adentrando essa porção do território, verifica-se um uso mais intenso no período noturno em virtude da grande variedade de bares, restaurantes e casas de shows. Quando se fala especificamente do Largo, por sua vez, a região é árida e serve apenas à passagem de pedestres, seja de dia ou de noite. A presença de bares e restaurantes, a exemplo dos existentes no Mercado de Pinheiros, tem sido uma das grandes forças de revitalização da área. As zonas que vêm presenciando um processo de modernização e valorização, entretanto, têm observado os efeitos da gentrificação, oriundo do aumento dos custos de aluguel e da vida cotidiana, com impacto direto, sobretudo, na população de baixa renda que tradicionalmente residia na região.
Conselho de Política Urbana-ACSP.Em termos de usos, o Largo da Batata e suas imediações possuem um mix interessante, contemplando comércio/serviços, bares e restaurantes, escritórios e, na direção dos miolos dos bairros, residências. Porém, são observados muitos imóveis vazios, sobretudo na Avenida Brigadeiro Faria Lima. A Rua Teodoro Sampaio, com seu tradicional comércio popular, apresenta intenso e constante fluxo de pedestres, o que não se observa nas demais ruas adjacentes ao Largo. No sentido do centro financeiro da Avenida Brig. Faria Lima, por sua vez, o vaivém de pedestres é visto apenas no início e final do expediente diário, e no horário de almoço. Focada no uso corporativo, essa porção do território não possui atrativos e áreas voltadas à permanência de pedestres, e pouca mescla com uso comercial e de serviços.
Diversos prédios novos foram construídos recentemente, sem limites de altura, descaracterizando toda a arquitetura e história que o bairro possui. Muitos comércios pequenos e tradicionais foram fechados para dar espaço a estes empreendimentos. Faltam feiras de rua no baixo Pinheiros. O Mercado de Pinheiros é excelente e ainda temos um bom comércio de rua na Teodoro Sampaio, apesar de muitos lugares estarem fechados desde a Pandemia. Ainda há diversos restaurantes e bares na região.
Os comércios e serviços na região ainda são insuficientes, levando em consideração esse crescimento populacional na região. Acredito que os equipamentos públicos (o largo, as praças) deveriam abraçar mais essas atividades comerciais, com calçadas mais bem cuidadas, espaços seguros para pedestres transitarem, conectados com o transporte público e com os serviços essenciais. Existem poucas opções de supermercados na região, e o trajeto até eles é pouco convidativo e pouco seguro. A municipalidade poderia focar mais nos pedestres e menos nos automóveis, enxergar mais na perspectiva de quem está a pé.
Meu medo é que se intensifique na região o ocorrido em outras partes do bairro e da cidade: a construção desenfreada de prédios. É preciso conservar os pequenos comércios, a diversidade arquitetônica, o valor histórico. Nesse sentido, é extremamente preocupante que tantos terrenos sejam de propriedade do mesmo fundo de investimentos, o Jacarandá (que, pelo que entendi, também está envolvido nessa consulta!...). É muito poder concentrado. Os administradores do fundo podem transformar o bairro drasticamente quando bem entenderem.
As redondezas do largo estão horríveis. Os protibulos e botecos atraem muita gente que faz aumentar a sensação de insegurança além da imundície (vale tentar passar num domingo de manhã na cardeal - é lixo, xixi, usuários, briga, gritaria). O espaço do Lapi que parecia ser um projeto super bacana de integração e revitalização parece ter perdido a velocidade de instalação (compreensível, não deve estar trazendo público devido aos problemas da região), a rua do pítico virou uma aberracao…..