Javascript não suportado Comentar - Minuta do edital e contrato de gestão do chamamento para a gestão do Complexo Theatro Municipal. - Minuta do edital e contrato de gestão
Início
Voltar

Minuta do edital e contrato de gestão

Comentários sobre a versão preliminar

atualizado em 22 Set 2025
Comentários sobre
Diversificação da programação, incluindo outras linguagens artísticas; 

Comentários (25)


Fora do período de participação
  • LBK

    Para ser considerados VANGUARDA, primeiro precisam ter alguma base de conhecimento artístico na referida área, e aí então propor uma visão vanguardista daquela arte, isso se viu em toda a história da música e de ópera. Basta observar por exemplo as obras hoje consagradas de Britten (Peter Grimes, A Volta do Parafuso); de Janacek (Jenufa), Shostakovich (Lady Macbeth de Mtsensk). Entre outras, essas são apenas EXEMPLOS de VANGUARDA na ópera. Compositores que conhecendo todo o histórico daquela forma de arte propuseram uma NOVA versão coerente com séculos de história. O que está sendo feito é uma destruição e desrespeito, sem critérios absolutamente questionáveis, sendo inclusive utilizada a palavra "ANACRÔNICO", para tratar de uma das formas de arte mais completa e complexa que existe. Isso que está sendo feito não se trata de VANGUARDA, e sim DESCONSTRUÇÃO sistemática e declarada, convenientemente, sempre com pano de fundo político.

    • LBK

      A auto estima delirante da comparação com MÁRIO DE ANDRADE é a cereja do bolo.

      Nenhuma resposta
    • RDO

      É realmente chocante o nível dos comentários neste item. Que visão reduzida da história das próprias linguagens que supostamente estão defendendo aqui. A diversificação da programação do Theatro Municipal não representa um afastamento da ópera, da música de concerto ou do balé, mas a continuidade de uma tradição que acompanha a própria história dessas linguagens. Desde o seu surgimento, a ópera, por exemplo, se renovou constantemente ao dialogar com diferentes formas artísticas e contextos culturais, incorporando inovações que garantiram sua vitalidade ao longo dos séculos. Seguindo esse mesmo espírito, o Theatro Municipal, enquanto equipamento público da cidade, respeita a sua própria história ao abrir-se a múltiplas expressões, formando novos públicos e democratizando o acesso à arte. Longe de reduzir a importância de suas linguagens fundacionais, essa abertura as reafirma e valoriza, inserindo-as em um horizonte mais amplo de circulação cultural e de renovação estética.

      • RDO

        Um exemplo claro está na gestão de Mário de Andrade como diretor do Departamento de Cultura de São Paulo (1935–1938). Embora fosse um profundo conhecedor e defensor da música erudita, Mário não restringiu a atuação do Theatro Municipal a ópera, concerto e balé. Pelo contrário: promoveu temporadas de ópera e música de concerto, mas, ao mesmo tempo, incorporou apresentações de música popular, de grupos corais amadores, de danças e de manifestações culturais de diferentes origens, reconhecendo nelas o valor artístico e o potencial formador de públicos. Sua visão estava ancorada no princípio de que o Theatro Municipal, como equipamento público, deveria refletir a diversidade cultural da cidade e democratizar o acesso à arte. Assim, Mário reafirmava a centralidade da ópera e da música de concerto no Municipal, mas em diálogo com uma programação mais ampla, em sintonia com a própria história da ópera, que sempre se reinventou a partir de intercâmbios e experimentações.

        • RDO

          É muito triste perceber que a história da ópera, a história da música de concerto, momentos importantes como a gestão Mário de Andrade e a própria história do Theatro Municipal sejam desprezados em função de visões anacrônicas. Os artistas da casa têm todo o direito de defender a sua estabilidade e a importância de manter a excelência. Mas isso nada tem que ver com preconceitos artísticos que reduzem o potencial artístico de um dos maiores orçamentos de cultura do país.

          Nenhuma resposta
      • Juliana Soprano

        (continua)
        É tarefa desta administração, por lei, e por direito! Portanto, a democratização e a defesa das linguagens específicas do Theatro são muito relevantes para a existência dos corpos artísticos, e do próprio patrimônio histórico! Não se trata de sermos hostis em relação às outras linguagens, mas explica e justifica a cautela com a destinação do Theatro para essas linguagens (e outras ações) que, além de não estarem contempladas no escopo da finalidade do Theatro, acaba por dizimar as atividades específicas que lá são realizadas há mais de cem anos!

        Nenhuma resposta
        • Juliana Soprano

          O art. 4º da Lei da Fundação, de 2011, é claro! Não existe esse item “Diversificação da programação, incluindo outras linguagens artísticas”! Portanto, questiono a legalidade deste item! A finalidade do Theatro, legalmente, é específica: música, dança e ópera. O equipamento foi estruturado para essas linguagens, pois o legislador já havia entendido que não há outro espaço público com estruturas compatíveis com essas linguagens na cidade de São Paulo, que pertence à municipalidade. O legislador reconheceu a importância de se preservar a estrutura em sua dimensão física, pois é um patrimônio histórico, mas também em sua dimensão cultural, pois ali atuam como residentes, corpos estáveis especializados naquelas linguagens. O legislador reconheceu e definiu, no inciso V, que cabe à Fundação “prover a gestão do Theatro Municipal de São Paulo, valorizando e conservando tanto o seu patrimônio histórico-cultural quanto os seus ACERVOS ARTÍSTICO, TÉCNICO E PROFISSIONAL”.
          (continua)

          Nenhuma resposta
          • hpiccazio

            Diversificar em matéria de óperas, balés e concertos é trazer ao público o que esses universos contém em termos de repertório e potencialidades e criatividades, mas obrigar a temporada oficial do Theatro (e o orçamento oficial do Theatro) a conter espetáculos de outra natureza, cobrindo assim uma obrigação de outros departamentos da Secretaria de Cultura pela cidade, é reduzir o espaço de ópera, concertos e dança na cidade, que já é reduzido. Parcerias ocasionais sim, mas redução de espaço, redução da finalidade do Theatro e uso do orçamento do Theatro para outros fins, não!

          • Elaine Morais Latuf

            A vocação do TMSP é a ópera, concertos e dança com BCSP. Todas as demais expressões artísticas podem acontecer em diversos tipo de espaço, sem tantas exigências da natureza da função, como a ópera, os concertos e o balé.
            A natureza do nosso trabalho é específica e especializada, precisa de Theatro com fosso, coxia, acústica própria e etc...
            Diversificar é uma coisa, tirar ou diminuir a ponto de quase esvaziamento da função principal, é outra.
            Quase não existem espaços específicos para a realização da ópera, e querem tirar um dos únicos onde se pode realizar com excelência.

            Nenhuma resposta
            • PHOVC

              reforço o comentário já feito: A vocação do TMSP é a ópera , concertos e dança com o BCSP, para shows, festas, eventos e afins existem outros equipamentos públicos adequados para isso.

              • Priscila Bomfim

                Temos visto o Theatro Municipal lotado em todas as suas produções de ópera e demais atividades, além de fazer produções acessíveis a todo o tipo de público. A busca deve ser exatamente pela continuidade e divulgação cada vez maior dessas linguagens, próprias de um Theatro projetado especificamente para elas.

                Nenhuma resposta
              • Silvia Kamyla

                Também não faz sentido algum quando uma gestão que trabalha na prática diversidade artística e suas potencialidades e o resultados disso é a censura, como colocam artigo a ser cumprido no edital a execução de “outras linguagens artísticas”?sendo que a OS já fazia isso, e muito bem.

                Nenhuma resposta
                • Cleber Fantinatti

                  O problema nem é promover a diversificação, o problema é um politico, diretor de uma fundação ou gestor de uma OS que não entende nada de arte, querer definir o que seria a tal diversidade… Isso cabe aos diretores e gestores de cada corpo artístico definir. Essa ingerência é o que causa problema.

                  Nenhuma resposta
                  • Gabriel ZP

                    Excelente! Isso reforça a herança histórica do próprio Theatro Municipal de São Paulo que desde sua inauguração abrindo portas para outras linguagens artísticas e, portanto, para outros públicos. É uma forma de promover não só seu repertório operítistico, mas também ligados à outras linguagens. O BCSP é um exemplo disso! Um balé que inicialmente foi criado com intensão clássica de servir às apresentações de ópera mas que hoje engendra-se em uma pesquisa de dança contemporânea!

                    Nenhuma resposta
                    Voltar para o Início