Descrição
Considerando a previsão de encerramento do Contrato de Gestão nº 02/FTMSP/2021, para maio de 2026, a Fundação Theatro Municipal intenciona tornar público em breve o novo chamamento público para escolha de Organização Social de Cultura, qualificada no município, para a gestão do Complexo Theatro Municipal, seus corpos artísticos, sua programação e equipamentos. Esperamos que a participação social corrija distorções e aponte soluções para que o contrato de gestão a ser celebrado seja aprimorado em relação ao contrato vigente.
Informações adicionais
Em relação à minuta do edital submetida à consulta pública, fazemos os seguintes alertas:
1) As datas e os valores mencionados nesta minuta são apenas ilustrativos;
2) Todos os valores e datas serão atualizados na versão final do edital;
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Mas um tópico no edital que tenta transformar um teatro que tem estabelecido em lei sua forma de funcionamento, em um Theatro experimental! E deixando dessa forma em aberto para qualquer tipo de linguagem que não seja a real vocação bom equipamento.
O tema aqui se adequa clara e objetivamente ao descrito, não representando em nada alguns comentários que visam depreciar a programação até então realizada. Esta afirmação se concretiza a partir do momento em que a montagem de Il Guarany (2023) recebeu o Prêmio Concerto na categoria "Ópera" em 2023 assim como foi premiada como "Melhor Produção de Ópera Latinoamericana" no Prêmio Ópera XXI em 2024, um prêmio europeu concedido pela associação espanhola Ópera XXI. A premiação de 2024 é o reconhecimento do trabalho do Theatro Municipal de São Paulo, evidenciando seu vanguardismo e pioneirismo na ópera. Contrariando parte da crítica embasada no gosto, talvez só tenha se podido ganhar tal prêmio porque o TMSP ousou tratar tal obra a partir de um viés contemporâneo, trazendo para o palco novos conceitos e linguagens, desafiando os limites de modelos estéticos consolidados.
Muito pertinente a sua observação, Gabriel. Ao destacar que parte dos comentários nesta seção se fundamenta em gostos pessoais e posições particulares sobre a criação artística — muitas vezes em desacordo com o que vem sendo produzido em âmbito internacional —, você aponta uma questão central. Nesse contexto, a noção de “vanguarda” deve ser preservada em sua forma atual, de modo a inserir o Complexo Theatro Municipal no diálogo com outros equipamentos culturais de natureza semelhante ao redor do mundo, evitando reduzi-lo a perspectivas personalistas e, em certa medida, anacrônicas.
Essa minuta precisa ser mais objetiva. Deixar realmente claro o proceder, pois, como está, fica subjetivo. Podendo deixar (como atualmente está) incoerente em muitos casos. Assim como foram algumas montagens: Il Guarany, Don Giovanni, Rigoletto, Nabucco...
Exato Renan!
Como critério de avaliação a "vanguarda", pode deixar subjetivo, pois a interpretação para a futura OS pode criar distorções, como as que ocorreram com a OS atual, com a criação de apresentações sem o devido cuidado de manter o quesito "canônico" de obras seculares, como por exemplo a apresentada esse ano a ópera "Don Giovanni" de Mozart, onde a "vanguarda" apresentada foi a retirada dos recitativos, cenários contraditórios, apresentações não conexas com a obra, tirando o contexto, modificando o proposto de uma ópera que é referência mundial, então creio que em questão de vanguarda, o melhor exemplo seria a apresentação de "Rigoletto" de Verdi na temporada de 2019, onde ocorreram "mudanças" de alguns cenários, atrelados a tecnologia do cenário, e a perpetuação da obra.
Concordo com você André, a ópera “Don Giovanni” foi totalmente tirada de contexto pelos textos alterados e recitativos excluídos.