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Reconhecer o caráter segregacionista e racista das ZER

São Paulo YIMBY São Paulo YIMBY  •  24/10/2022  •    28 comentários

Código da proposta: 3589

As Zona Exclusivamente Residencial são um resquício triste do uso do zoneamento urbano por elites para segregar classes sociais, pessoas e usos, além do grave impacto ambiental que um modelo de cidade voltado ao automóvel acarreta para o meio ambiente.

As Zona Exclusivamente Residencial são um resquício triste do uso do zoneamento urbano por elites para segregar classes sociais, pessoas e usos, além do grave impacto ambiental que um modelo de cidade voltado ao automóvel acarreta para o meio ambiente.

O espraiamento urbano alcançou níveis intoleráveis na cidade de São Paulo, com grande parcela da população vivendo em regiões densas nas margens da metrópole enquanto uma elite vive em bairros pouco habitados nas regiões com melhor oferta de infraestrutura, empregos e serviços.

O impacto ambiental se dá pelo modelo de cidade que os defensores das ZER defendem. Uma cidade voltada para automóveis, com inviabilidade de transporte público de massa e que cresce para o lado.

No aspecto social, o papel segregacionista das ZER retira a oportunidade de diferentes setores da sociedade terem acessos às melhores oportunidades.

No tocante à raça, o zoneamento unifamiliar consubstanciado nas ZER teve origem nos Estados Unidos no início do século passado com uma proposta de separar raças e classes. Portanto, a premissa é nitidamente racista por ser um zoneamento propositalmente inviável de ser habitado por grande parcela da nossa sociedade, sendo utilizado com o mesmo propósito elitista e racista tanto no Brasil como nos EUA.

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  • Luiza Nagib Eluf

    As ZERs são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida nas cidades. Quem não gosta delas são os que têm interesse exclusivo em fazer empreendimentos de grande porte, como prédios de apartamentos. As ZERs
    são da maior importância para a salubridade e qualidade de vida nas cidades.
    Abaixo a especulação imobiliária!!!

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    • Denise Delfim

      Isso é conversa de representantes de construtoras que querem valorizar seus empreendimentos justamente construindo em territórios residenciais…. Já não chega a destruição que estão fazendo na cidade???

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      • Maria Magrini

        Equivocados os argumentos de quem escreve anonimamente e se denomina participante de um grupo financiado pelas construtoras que querem aumentar seu estoque de imóveis em bairros consolidados ao longo dos últimos 50 anos. Para começar os bairros jardins não foram criados nos Estados Unidos, mas sim na Inglaterra e implantados no Brasil em locais com pouca atratividade para a época é isso para mostrar que áreas rejeitadas podem se tornar valorizadas se forem devidamente urbanizadas. A Prefeitura e pessoas interessadas em destruir os bairros bem planejados deveriam investir seu esforço em melhorar a qualidade dos bairros periféricos e torná-los novas centralidades, além é claro de implantar/aumentar um sistema de transporte público de qualidade. Pura ganância.

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        • Luiz Guilherme Bender

          É impressionante a ganância do setor imobiliário. Um ponto importante das ZERs é a preservação do meio ambiente, pois em sua grande maioria estão localizadas em áreas verdes. Já não basta o imenso paliteiro em que a cidade de São Paulo se tornou? Quem será que está patrocinando este argumento de segregação? Por que as incorporadoras não vão para a periferia? É lá que a população é segregada pela falta de imóveis. As ZERs que as incorporadoras querem ocupar é que segregarão os possíveis clientes. Quanto custaria um apartamento em uma ZER localizada nos jardins? Pois é.

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          • Eliana Sanches

            Um texto equivocado, claramente favorável à exploração imobiliária e ao poder financeiro, sem qualquer respeito pela qualidade de vida dos moradores, sem foco na preservação dos bairros e, ainda pior, sem qualquer preocupação no impacto que uma proposta desastrosa como esta pode causar ao meio ambiente. Vai na contramão de tudo o que existe de mais atual, moderno e inteligente em termos de política urbanista nos países que realmente levam isso a sério. O Brasil, mais uma vez, apostando no retrocesso. Um país que foca na exploração, na ganância econômica a qualquer preço, no imediatismo. Não há futuro nem qualidade de vida que resista. Uma vergonha.

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            • luafrazao

              Com boa vontade e boa-fé, os problemas mais difíceis da cidade podem ser resolvidos, sem eliminar as ZERs, únicas áreas da cidade que chegam perto dos índices mínimos de arborização urbana e, por isso, desempenham importantes serviços ecossistêmicos para os munícipes, como a termoregulação.

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              • luafrazao

                Não faz o menor sentido esse raciocínio... eu moro em uma ZER e o que vejo, de forma cada vez mais acentuada, é a importância da ZER como áreas de respiro para cidade. Qto maior a densidade populacional, maior o caos local, devido ao aumento generalizado por demandas num único local. Basta verificar o entorno dos novos condomínios com torres gigantes em bairros que não tem capacidade suporte para tal, provocando trânsito insano, barulho, caos...
                A quem interessa o fim das ZERs? Somente às construtoras que pretendem verticalizar a cidade “sem dó” (nem piedade, nem bom gosto, nem bom senso também). Se houvesse preocupação real com a população excluída, haveria maior empenho na construção de metrô e trem – essas sim são as soluções para os problemas da cidade relacionados a moradia e mobilidade. Mas o que se vê é o contrário, onde o metrô está chegando estão sendo construídos novos condomínios de luxo, inacessíveis para a população.

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                • Ely Ana Manso Bastos

                  Ely Ana Manso Bastos 26/10/22
                  Reconhecer o caráter segregacionista e racista das ZER?
                  Que infeliz colocação...
                  Está nossa ZER foi de autoria estadual do antigo IPESP, para funcionários públicos.
                  Onde está o segregacionismo? O racismo?
                  Funcionários por 25 anos, compraram com muito sacrifício, num bairro na época, "onde Judas perdeu as botas", no meio do mato, no meio do nada.
                  A cidade cresceu. Como cresceu a ambição de construtoras , ávidas como abutres bicando pelas beiradas nosso "Oásis" perdido num mar de arranha céus.
                  Triste!!!

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                  • Cibele Maldonado Roseira

                    As Zona predominante residenciais trazem consigo muita história, muita referência e um modelo de vida completamente paulistano. Infelizmente esse tipo de zoneamento vai de encontro ao interesse das grandes construtoras, que preferem subir predios e mais predios onde as centenas de pessoas habitam e só suprem as necessidades delas, sem a humanidade, sem Vizinhanca, sem familiaridade e bairrismo tão característico em nossa cidade. Quem alimenta racismo e segregação social não são as ZERS mas sim aqueles que se valem das tais “ZEIS” e vendem lofts a beira do metrô a preços absurdos, não permitindo que os de classe social baixa consigam ser proprietários de um imóvel! Olhem por eles! A periferia precisa muito de estrutura! Não se vê no plano diretor nada que os inclua. Mas só o que vemos são empreendedores milionários destruindo a história da cidade em nome de muito dinheiro! Triste!

                  • Chalini Fante

                    Eu, portanto, reforço a pergunta feita na faixa que YIMBY questiona: a quem interessa atacar as ZERs? Obviamente às construtoras que estão construindo por toda cidade e assim destruindo histórias, memórias, vidas mais pobres que são despejadas de seus bairros onde viveram toda uma vida e que assam a não poder mais acessar pela elevação do valor do metro quadrado. Pelo caminho destrói também o que ainda existe de ventilação, insolação e convivência entre as diversas classes sociais nos bairros, implementando uma cruel gentrificação na cidade em nome da especulação imobiliária. Porque sim, os apartamentos minúsculos que estão sendo vendidos próximos aos metrôs são caríssimos e em sua maioria são adquiridos por investidores profissionais, virando estoque para valorização futura. Não acreditam? Pesquisem no mundo real, e não em artigos mentirosos como este...

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