Descrição
Considerando a previsão de encerramento do Contrato de Gestão nº 02/FTMSP/2021, para maio de 2026, a Fundação Theatro Municipal intenciona tornar público em breve o novo chamamento público para escolha de Organização Social de Cultura, qualificada no município, para a gestão do Complexo Theatro Municipal, seus corpos artísticos, sua programação e equipamentos. Esperamos que a participação social corrija distorções e aponte soluções para que o contrato de gestão a ser celebrado seja aprimorado em relação ao contrato vigente.
Informações adicionais
Em relação à minuta do edital submetida à consulta pública, fazemos os seguintes alertas:
1) As datas e os valores mencionados nesta minuta são apenas ilustrativos;
2) Todos os valores e datas serão atualizados na versão final do edital;
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O item 14.4. (discutível, conforme apontaram alguns cidadãos), pelo menos faz menção aos corpos técnicos. Me preocupa que a partir do 14.4.1 apenas os corpos artísticos sejam mencionados. O que se pretende com esse vazio? Esta versão do edital não dá nenhum respaldo à continuidade dos corpos técnicos, os quais são, valha o paradoxo, notoriamente omitidos ao longo dessas páginas.
Como cidadã e frequentadora do Theatro, gostaria de saber qual o respaldo tanto de adequação quanto de viabilidade de em 90 dias (com repetição a cada 2 anos) serem elaboradas avaliações de todos os artistas que, com tanto empenho e excelência, demostram sua qualidade técnica a cada apresentação ao público? Quem participará dessas avaliações, uma vez que todo o corpo artístico do principal teatro do Brasil estará sendo avaliado? Qual o custo disso, tanto financeiro (elaboração de cerca de 400 avaliações, para artistas de posições e habilidades diferentes, que necessitariam, portanto, de avaliadores diferentes) quanto de tempo e de prejuízos para o andamento dos próprios trabalhos dos corpos artísticos. Quem propõe uma medida dessas nunca pisou no Theatro. Os corpos artísticos, assim como o prédio do Theatro Municipal, são igualmente um patrimônio cultural do Município de São Paulo. Um não existe sem o outro. Eu, como cidadã, não quero ver dinheiro público nem esforços gastos(continua)
em uma política de terror contra trabalhadores que dedicaram suas vidas para entregar o melhor ao seu público. São décadas de estudo, preparação e aperfeiçoamento, que só se torna viável com um mínimo de estabilidade, que o formato atual de contratação permite. 400 bancas feitas às pressas jamais teriam capacidade de avaliar a qualidade técnica de qualquer um desses artistas. O fundamento dessa avaliação, além de obscuro, é bastante descolado da realidade do mercado internacional de arte que o Theatro Municipal está inserido.
Perfeito seu comentário Vanessa!
O edital prevê que, após 90 dias, a Organização Social vencedora deverá realizar uma nova avaliação de todos os Corpos Artísticos, por banca aprovada pela Fundação Theatro Municipal, para decidir a permanência de cada músico. Essa exigência é descabida, pois os músicos já passaram por rigorosos processos seletivos e são profissionais altamente conceituados. Submetê-los a novas avaliações periódicas compromete sua estabilidade e desrespeita sua trajetória artística.
Exatamente!
A previsão de avaliação após 90 dias não apresenta justificativas técnicas ou referências a práticas de outras orquestras que a sustentem. Os músicos já passam por avaliação contínua em ensaios e apresentações, o que torna a medida redundante e que pode gerar riscos para a estabilidade institucional da orquestra e para o patrimônio cultural que ela representa.
Correto o comentário!