5. [Situação Atual] você considera que a história das diversas culturas no bairro da Liberdade está bem representada? Responda "adequado" ou "inadequado" e explique por quê.
Somente a imigração japonesa mais recente é representada no bairro. A história anterior, dos povos originários e negros escravizados, quem também é importantíssima, foi apagada. A cidade e seus habitantes merecem um cuidado melhor com esse passado. Deve ser resgatado, cuidado, estudado e divulgado.
A Liberdade é historicamente ligada ao povo africano, mas com o tempo passou a ser ocupada pelos japoneses e hoje, é domínio predominante chinês. Então, alterar o nome da estação para Japão-Liberdade, ao meu ver, foi um erro, porque ele não é mais um bairro que só remete a japoneses, africanos ou chineses. Para não esquecer de nenhuma cultura, deveria unificar os museus e locais de visitação, porque facilitaria a construção de uma linha do tempo e todas as etnias poderiam ser contempladas.
Apenas a ocupação oriental - especialmente a japonesa - está devidamente representada. Houve um forte apagamento da ocupação popular afro-indígena do início do século XVII, que deve ser revertido.
Discordo. É a caracterização japonesa que atrai tantos turistas para a região. Tem outros locais em SP que poderiam/deveriam ter caracterização de outros povos, mas a Liberdade já está consolidada como bairro japonês e atrai turistas por conta disso.
Eu sei rumores do largo da liberdade ser o antigo largo da forca. Mas não há comunicação no local que explique isso. Nem há mais monumentos, placas, informações etc que contem direito a história daquele pedaço do centro de São Paulo
A Liberdade tem uma história indígena e negra que é invisibilizada pelo poder público. A ampla utilização de "luminárias japonesas" para forçar uma caracterização homogênea de todo um bairro é só um desses aspectos, que é ainda mais gritante quando utilizada na rua dos Aflitos, tapando a visão da Capela dos Aflitos – uma construção importantíssima que conta essas histórias. A renomeação da praça e do metrô de Liberdade para Japão-Liberdade também é um caso recente bastante emblemático
É inegável que a predominância indevida da memória japonesa no bairro por motivos turísticos mas é preciso resgatar a história africana do bairro e evidenciar também a grande comunidade chinesa que vive no bairro
Sinto falta de um museu ou espaço cultural resgatando a memória dos negros escravizados da região. Não podemos seguir convivendo com o apagamento de nossa história.
Todas as culturas e etnias que o bairro tem devem ser contempladas. É inegável que a história é movimento e memória, deste modo, acredito que todas as culturas asiáticas e africanas que aqui se encontram podem ter sua representação, da mesma forma que toda a cidade de São Paulo possui redutos em que imigrantes se estabeleceram com maior intensidade em bairros da capital.
Somente a história japonesa é destacada no bairro, mas a história de outros povos é completamente ignorada ou intencionalmente apagada.
Somente a imigração japonesa mais recente é representada no bairro. A história anterior, dos povos originários e negros escravizados, quem também é importantíssima, foi apagada. A cidade e seus habitantes merecem um cuidado melhor com esse passado. Deve ser resgatado, cuidado, estudado e divulgado.
Região com muitos apagamentos históricos e muita reparação a ser feita
A Liberdade é historicamente ligada ao povo africano, mas com o tempo passou a ser ocupada pelos japoneses e hoje, é domínio predominante chinês. Então, alterar o nome da estação para Japão-Liberdade, ao meu ver, foi um erro, porque ele não é mais um bairro que só remete a japoneses, africanos ou chineses. Para não esquecer de nenhuma cultura, deveria unificar os museus e locais de visitação, porque facilitaria a construção de uma linha do tempo e todas as etnias poderiam ser contempladas.
Apenas a ocupação oriental - especialmente a japonesa - está devidamente representada. Houve um forte apagamento da ocupação popular afro-indígena do início do século XVII, que deve ser revertido.
Discordo. É a caracterização japonesa que atrai tantos turistas para a região. Tem outros locais em SP que poderiam/deveriam ter caracterização de outros povos, mas a Liberdade já está consolidada como bairro japonês e atrai turistas por conta disso.
Eu sei rumores do largo da liberdade ser o antigo largo da forca. Mas não há comunicação no local que explique isso. Nem há mais monumentos, placas, informações etc que contem direito a história daquele pedaço do centro de São Paulo
A Liberdade tem uma história indígena e negra que é invisibilizada pelo poder público. A ampla utilização de "luminárias japonesas" para forçar uma caracterização homogênea de todo um bairro é só um desses aspectos, que é ainda mais gritante quando utilizada na rua dos Aflitos, tapando a visão da Capela dos Aflitos – uma construção importantíssima que conta essas histórias. A renomeação da praça e do metrô de Liberdade para Japão-Liberdade também é um caso recente bastante emblemático
É inegável que a predominância indevida da memória japonesa no bairro por motivos turísticos mas é preciso resgatar a história africana do bairro e evidenciar também a grande comunidade chinesa que vive no bairro
Sinto falta de um museu ou espaço cultural resgatando a memória dos negros escravizados da região. Não podemos seguir convivendo com o apagamento de nossa história.
Todas as culturas e etnias que o bairro tem devem ser contempladas. É inegável que a história é movimento e memória, deste modo, acredito que todas as culturas asiáticas e africanas que aqui se encontram podem ter sua representação, da mesma forma que toda a cidade de São Paulo possui redutos em que imigrantes se estabeleceram com maior intensidade em bairros da capital.