03. Pensando na estratégia do Plano Diretor de melhorar a mobilidade urbana, assim como nos objetivos e diretrizes relacionadas à Política e Sistema de Mobilidade, você considera que:
Sobre esta questão, gostaria de chamar a atenção sobre uma situação a meu ver contraditória aos objetivos do Plano Diretor. As Zonas exclusivamente residenciais-ZER, incluindo os corredores comerciais - ZCor, ocupam cerca de 30% da Área de Urbanização Consolidada - OUC, a área mais bem servida de infraestrutura e serviços urbanos da cidade. Ora, esta porção da cidade é totalmente dedicada ao uso do automóvel, pois não possui rede de transporte coletivo. Não estaria na hora da cidade assumir de uma vez por todas os corredores comerciais - ZCor, aí localizados e instituir um tipo específico de transporte coletivo, integrado ao sistema de transportes urbanos, que sirva toda essa zona, definindo um itinerário prioritariamente pelos corredores?
É absurdo que áreas no entorno do corredor 9 de julho sejam de baixa ocupação para manutenção de mansões. O zoneamento desses locais deve subir, e o CA Mínimo para os lotes deveria ser de pelo menos 2 para promover adensamento do corredor de alta capacidade.
De que adianta autorizar a construção de predinhos em terrenos de 10X30 sem vaga de garagem se as pessoas tem carro e deixam na rua atrapalhando a entrada e saída de quem tem vaga de garagem? Ônibus demoram, poucas linhas atendem a região e estes moradores continuam usando seus veículos. Não deixam recuo na frente, não tem área permeável para minimizar as enchentes que vão vir cada vez pior... além da mudança climática, falta de verde, falta de área para incidência solar, para higiene mental, ...
Nosso posicionamento:
O Plano Diretor Estratégico não chega na escala do pedestre quando trabalha a Mobilidade Urbana, sendo necessário prever um Plano de Caminhabilidade para a cidade se tornar mais atrativa ao pedestre.
Bicicletas ainda são negligenciadas. Toda avenida já deveria ter uma ciclo-faixa segregada. Expandir as parcerias de bicicletas alugadas (tipo as do Itaú), colocando mais pontos, com outras empresas, e integrando tudo ao transporte público também são medidas bem dentro do possível mas que teriam grande impacto.
É necessário pensar num plano de mobilidade único para a região metropolitana da cidade, pois muitos dos usuários do transporte municipal são migradores pendulares de cidades do entorno. A priorização do pedestre deve ser também discutida, com iluminação de calçadas largas e agradáveis de se caminhar, por exemplo. Avaliar outros modais como o VLT e o transporte aquático, são exemplos de como podemos inovar através de ações já implementadas em outros municípios brasileiros, como o Rio de Janeiro.
Pode-se dizer que o PDE é "bem intencionado" com relação à mobilidade. Porém, falta efetividade para que as melhorias na mobilidade se tornem realidade.
É necessário que o PDE estimule o investimento da Prefeitura em projetos de requalificação das calçadas pela cidade. Não se pode nivelar quota de nível do terreno particular pela calçada. Do modo que as calçadas estão, são verdadeiras escadas que dificultam a mobilidade do pedestre, de PNEs e idosos.
O plano de mobilidade da cidade carece de incentivos ao transporte público e estratégias que diminuam nossa dependência em carros. Saindo da região do centro expandido, há pouquíssimos projetos de BRTs, sem falar de estações de metrô.
A cidade ainda incentiva o uso de carros e motos, já que diversas ruas pequenas tem espaço insuficiente para pedestres, enquanto apresenta vagas para estacionar. Há muitas ruas que podem simplesmente proibir o uso de carros, e outras que necessitam urgentemente de semáforos para pedestres e travessias elevadas. Um exemplo de rua que merece essas intervenções é parte da rua Natingui, palco de um atropelamento que resultou na morte de um pedestre anos atrás.
Deve-se também aumentar o sistema de ciclofaixas, e estas devem estar elevadas e protegidas de veículos maiores.
Sobre esta questão, gostaria de chamar a atenção sobre uma situação a meu ver contraditória aos objetivos do Plano Diretor. As Zonas exclusivamente residenciais-ZER, incluindo os corredores comerciais - ZCor, ocupam cerca de 30% da Área de Urbanização Consolidada - OUC, a área mais bem servida de infraestrutura e serviços urbanos da cidade. Ora, esta porção da cidade é totalmente dedicada ao uso do automóvel, pois não possui rede de transporte coletivo. Não estaria na hora da cidade assumir de uma vez por todas os corredores comerciais - ZCor, aí localizados e instituir um tipo específico de transporte coletivo, integrado ao sistema de transportes urbanos, que sirva toda essa zona, definindo um itinerário prioritariamente pelos corredores?
É absurdo que áreas no entorno do corredor 9 de julho sejam de baixa ocupação para manutenção de mansões. O zoneamento desses locais deve subir, e o CA Mínimo para os lotes deveria ser de pelo menos 2 para promover adensamento do corredor de alta capacidade.
De que adianta autorizar a construção de predinhos em terrenos de 10X30 sem vaga de garagem se as pessoas tem carro e deixam na rua atrapalhando a entrada e saída de quem tem vaga de garagem? Ônibus demoram, poucas linhas atendem a região e estes moradores continuam usando seus veículos. Não deixam recuo na frente, não tem área permeável para minimizar as enchentes que vão vir cada vez pior... além da mudança climática, falta de verde, falta de área para incidência solar, para higiene mental, ...
Principalmente nas periferias, não ha projetos ou sequer vias que auxiliem na mobilidade urbana alguma.
O uso de bicicletas (com faixas dedicadas) e de carros elétricos (falta de vagas para carregar) deveria ser considerado com melhor prioridade.
Nosso posicionamento:
O Plano Diretor Estratégico não chega na escala do pedestre quando trabalha a Mobilidade Urbana, sendo necessário prever um Plano de Caminhabilidade para a cidade se tornar mais atrativa ao pedestre.
Bicicletas ainda são negligenciadas. Toda avenida já deveria ter uma ciclo-faixa segregada. Expandir as parcerias de bicicletas alugadas (tipo as do Itaú), colocando mais pontos, com outras empresas, e integrando tudo ao transporte público também são medidas bem dentro do possível mas que teriam grande impacto.
É necessário pensar num plano de mobilidade único para a região metropolitana da cidade, pois muitos dos usuários do transporte municipal são migradores pendulares de cidades do entorno. A priorização do pedestre deve ser também discutida, com iluminação de calçadas largas e agradáveis de se caminhar, por exemplo. Avaliar outros modais como o VLT e o transporte aquático, são exemplos de como podemos inovar através de ações já implementadas em outros municípios brasileiros, como o Rio de Janeiro.
Pode-se dizer que o PDE é "bem intencionado" com relação à mobilidade. Porém, falta efetividade para que as melhorias na mobilidade se tornem realidade.
É necessário que o PDE estimule o investimento da Prefeitura em projetos de requalificação das calçadas pela cidade. Não se pode nivelar quota de nível do terreno particular pela calçada. Do modo que as calçadas estão, são verdadeiras escadas que dificultam a mobilidade do pedestre, de PNEs e idosos.
O plano de mobilidade da cidade carece de incentivos ao transporte público e estratégias que diminuam nossa dependência em carros. Saindo da região do centro expandido, há pouquíssimos projetos de BRTs, sem falar de estações de metrô.
A cidade ainda incentiva o uso de carros e motos, já que diversas ruas pequenas tem espaço insuficiente para pedestres, enquanto apresenta vagas para estacionar. Há muitas ruas que podem simplesmente proibir o uso de carros, e outras que necessitam urgentemente de semáforos para pedestres e travessias elevadas. Um exemplo de rua que merece essas intervenções é parte da rua Natingui, palco de um atropelamento que resultou na morte de um pedestre anos atrás.
Deve-se também aumentar o sistema de ciclofaixas, e estas devem estar elevadas e protegidas de veículos maiores.