07. Visando melhorar a mobilidade urbana, o Plano Diretor Estratégico (PDE) previu como principais ações a expansão das redes de transporte de alta e média capacidade (trens, metrô e corredores de ônibus) e os modos de locomoção não motorizados (como mobilidade à pé e de bicicleta), além de diminuir o uso do automóvel. Diante deste cenário, você:
A pergunta já se auto responde, o Plano Diretor Estratégico (PDE) PREVIU e não concretizou. Se não botar para "rodar" os projetos de mobilidade urbana que estão previstos pelo PDE, vai ficar difícil...
Exatamente. Houve ainda um desvirtuamento do Fundurb, cuja verba, 30% deveria ser destinada para investimentos em transporte público e mobilidade ativa. Ao invés disso, por uma canetada, esses 30% passaram a poder ser utilizados para qualquer "reforma viária". O resultado foi que cessaram os investimentos nos corredores e faixas de ônibus, e a verba do Fundurb de mobilidade destinada quase que integralmente para os carros, em detrimento do transporte coletivo e ativo, desrespeitando a Política Nacional de Mobilidade Urbana, o PlanMob e as diretrizes do PDE. Nos últimos 4 anos a prefeitura executou 1 BILHÃO em Asfalto Novo e apenas 300 milhões em calçadas + ciclovias + ônibus, uma vergonha. Agora acaba de lançar outra licitação de 1 BILHÃO em recapeamento, com uma previsão de míseros 200 milhões para fazer calçadas na cidade. As prioridades não estão sendo respeitadas.
Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas que estão subutilizadas deveriam ser extintas para um menor gasto de manutenção pela respectiva subprefeitura; por piorar o trânsito aos automóveis ao adensar as faixas, caso estejam na pista de rolamento; aumento de risco ao ciclista que transita por uma via pouco utilizada. Exemplo de ciclovia subutilizada: Avenida Cruzeiro do Sul na zona norte.
A qualidade e conforto do transporte público é muito baixa. Por isso, as pessoas preferem usar seus carros.
O PDE precisa prever que mais empresas possam prestar o serviço, ao invés do monopólio para poucas empresas. Também, precisa estipular condições mínimas de conforto.
O atual PDE encarece a produção de moradias na cidade, fazendo com que a população migre para municípios vizinhos. Até 2040, a cidade demandará mais de 800.000 novas unidades, devido à:
(i) construções que ficam obsoletas e
(ii) aumento da população paulistana (2% ao ano).
A população paulistana, com o pagamento de seus impostos, subsidiam o transporte público da cidade. Ou seja, os munícipes acabam custeando o transporte de quem não mora na cidade. A qualidade do transporte é que precisa ser o atrativo para que as pessoas utilizem o transporte público e não a imposição da quantidade de vagas. Há famílias que precisam de mais vagas, como quando há deficientes ou idosos.
A prefeitura não concede incentivos para os empreendimentos próximos a estações de Metro e corredores de ônibus, para que os empreendimentos ´possam oferecer áreas não computáveis para bicicletários e garagens públicas, de integração dos modais. Deveria conceder estes incentivos, e não pensar apenas em arrecadar mais e mais
O princípio é perfeito, precisamos diminuir os privilégios do carro de passeio e melhorar as condições para quem caminha, anda de bicicleta e pega o transporte público, que são de longe a maioria. Precisamos de mais faixas exclusivas de ônibus, ciclovias segregadas e protegidas, e calçadas melhores.
Exatamente. E "privilégio" é a palavra que define bem. Os investimentos públicos em mobilidade executados estão totalmente em desacordo com as prioridades estabelecidas pelo PDE, PlanMob e PNMU. Gasta-se muito mais dinheiro com carro do que com acessibilidade, calçadas, ciclovias, faixas e corredores de ônibus juntos. A revisão do PDE deve conter amarras para impedir que as prioridades da mobilidade recebem menos investimento do que o feito para carros.
Visto que os veículos se acostumaram com ruas mais estreitas devido à inúteis ciclovias (que servem apenas para um grupelho específico), reduz-se um pouco mais as ruas onde existam as ciclovias para a implantação de novas faixas exclusivas de ônibus.
A periferia tem que fazer parte do plano também. Especialmente da adequação do espaço para utilização de não motorizados.
A pergunta já se auto responde, o Plano Diretor Estratégico (PDE) PREVIU e não concretizou. Se não botar para "rodar" os projetos de mobilidade urbana que estão previstos pelo PDE, vai ficar difícil...
Exatamente. Houve ainda um desvirtuamento do Fundurb, cuja verba, 30% deveria ser destinada para investimentos em transporte público e mobilidade ativa. Ao invés disso, por uma canetada, esses 30% passaram a poder ser utilizados para qualquer "reforma viária". O resultado foi que cessaram os investimentos nos corredores e faixas de ônibus, e a verba do Fundurb de mobilidade destinada quase que integralmente para os carros, em detrimento do transporte coletivo e ativo, desrespeitando a Política Nacional de Mobilidade Urbana, o PlanMob e as diretrizes do PDE. Nos últimos 4 anos a prefeitura executou 1 BILHÃO em Asfalto Novo e apenas 300 milhões em calçadas + ciclovias + ônibus, uma vergonha. Agora acaba de lançar outra licitação de 1 BILHÃO em recapeamento, com uma previsão de míseros 200 milhões para fazer calçadas na cidade. As prioridades não estão sendo respeitadas.
Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas que estão subutilizadas deveriam ser extintas para um menor gasto de manutenção pela respectiva subprefeitura; por piorar o trânsito aos automóveis ao adensar as faixas, caso estejam na pista de rolamento; aumento de risco ao ciclista que transita por uma via pouco utilizada. Exemplo de ciclovia subutilizada: Avenida Cruzeiro do Sul na zona norte.
Como bem está escrito: "previu", porém não realizou.
Desde a vigência do Plano Diretor (2014), quantas estações de trêm, metro e corredores de ônibus foram implantadas?
A qualidade e conforto do transporte público é muito baixa. Por isso, as pessoas preferem usar seus carros.
O PDE precisa prever que mais empresas possam prestar o serviço, ao invés do monopólio para poucas empresas. Também, precisa estipular condições mínimas de conforto.
O atual PDE encarece a produção de moradias na cidade, fazendo com que a população migre para municípios vizinhos. Até 2040, a cidade demandará mais de 800.000 novas unidades, devido à:
(i) construções que ficam obsoletas e
(ii) aumento da população paulistana (2% ao ano).
A população paulistana, com o pagamento de seus impostos, subsidiam o transporte público da cidade. Ou seja, os munícipes acabam custeando o transporte de quem não mora na cidade. A qualidade do transporte é que precisa ser o atrativo para que as pessoas utilizem o transporte público e não a imposição da quantidade de vagas. Há famílias que precisam de mais vagas, como quando há deficientes ou idosos.
Concordo.
Existe investimento municipal na expansão do metro?
A prefeitura não concede incentivos para os empreendimentos próximos a estações de Metro e corredores de ônibus, para que os empreendimentos ´possam oferecer áreas não computáveis para bicicletários e garagens públicas, de integração dos modais. Deveria conceder estes incentivos, e não pensar apenas em arrecadar mais e mais
O princípio é perfeito, precisamos diminuir os privilégios do carro de passeio e melhorar as condições para quem caminha, anda de bicicleta e pega o transporte público, que são de longe a maioria. Precisamos de mais faixas exclusivas de ônibus, ciclovias segregadas e protegidas, e calçadas melhores.
Exatamente. E "privilégio" é a palavra que define bem. Os investimentos públicos em mobilidade executados estão totalmente em desacordo com as prioridades estabelecidas pelo PDE, PlanMob e PNMU. Gasta-se muito mais dinheiro com carro do que com acessibilidade, calçadas, ciclovias, faixas e corredores de ônibus juntos. A revisão do PDE deve conter amarras para impedir que as prioridades da mobilidade recebem menos investimento do que o feito para carros.
Visto que os veículos se acostumaram com ruas mais estreitas devido à inúteis ciclovias (que servem apenas para um grupelho específico), reduz-se um pouco mais as ruas onde existam as ciclovias para a implantação de novas faixas exclusivas de ônibus.