01. Os Eixos de Estruturação da Transformação Urbana foram criados no Plano Diretor Estratégico (PDE) a partir dos conceitos de “Cidade Compacta” e de “Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável” para orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte público, reduzir deslocamentos e aproximar as áreas de emprego e moradia. Assim, o PDE procurou promover um adensamento populacional nas áreas próximas da rede de transporte coletivo (metrô, trens e corredores de ônibus). Assinale a alternativa com a qual você mais concorda:
A questão principal é que as áreas são mal aproveitadas. Se os terrenos fossem melhor aproveitados, teríamos mais unidades, e aumentando a oferta, gera efeito cascata nos preços. Uma pequena mudança na questão dos recuos (frontais e laterais), até inclusive zerando os recuos, já aumentaria monstruosamente a oferta (e até o tamanho das unidades), sem exigir alteração no gabarito.
Precisamos incentivar a buscar por prédios com aproveitamento total do terreno, uso do térreo (fachada ativa) para o comércio, sem precisar alterar os gabaritos. Prédios menores, com maior aproveitamento, seguindo exemplo de NY, Buenos Aires, Montevideo, Madrid, Barcelona... A cidade pode ser muito mais charmosa.
O adensamento nas áreas dos Eixos trouxe mais desvantagem do que vantagem. Quem saiu ganhando foram as construtoras, que constroem em qualquer lugar imóveis a preços estratosféricos, e não populares, gerando problemas de poluição, impacto nas nascentes urbanas, pressão nos serviços públicos e gentrificação em vários locais.
O Adensamento Populacional nos bairros eleva o índice de poluição, altera o vôo da avifauna, causa um processo de gentrificação, esse projeto está longe de ser sustentável e coerente com as propostas das ODS.
A Geração de emprego e renda se faz com instalações públicas que possam ofertar cargos públicos via concurso, no entorno ciclovia e ônibus elétrico para garantir a mobilidade da classe trabalhadora sem emissão dos gases de efeito estufa.
Outro ponto que acho interessante é rever a questão dos gabaritos, a grande maioria das zonas tem 28m (8 andares) como limite máximo de gabarito. Isso, em uma cidade que nem São Paulo é muito pouco. Com a legislação existente, para viabilizar uma incorporação com esse gabarito (pagando um valor razoável ao dono dos imóveis) o empreendedor tem que esgotar o permitido em lei, o que só é possível com diversos blocos - que encarece a obra e, consequentemente, o valor para o usuário final - além de ocupar um espaço que poderia ser de verde e lazer. Se aumentar o gabarito ou, até mesmo, não limitar, teríamos um empreendimento mais verticalizado e bonito, diminuindo a sombra no próprio empreendimento e na vizinhança.
A iniciativa de adensar nas proximidades dos transportes de massa é válido, porém, como diversos cidadãos já elucidaram, isso causa um grande transtorno na circulação e etc. Acredito que se ampliasse o raio dos eixos (hoje de 600m) e das áreas de influência dos corredores (300m) seria uma das soluções para "espalhar" mais os empreendimentos. Dobrar para 1.200m (raios) e 600m (corredores) seria de grande valia. Baseado no Google Maps, uma caminhada de 1.200m em subida seria feita em aproximadamente 15 minutos, nada absurdo.
O planejamento das transformações em cada Eixo de Estruturação da Transformação Urbana acontece de forma homogênea, sem levar em consideração a identidade cultural de determinadas regiões, o perfil social da população que reside nas áreas e se essas são as pessoas que vão utilizar do transporte público.
Ainda há certas concentrações fora dos eixos especialmente nas periferias mais distantes que não tem serviço de trem ou metro, sendo servidas por linhas de onibus ineficientes pelo volume da população.
O adensamento populacional proposto, especialmente em regiões mais afastadas do centro, não leva em conta o limite operacional dos ditos transportes de alta capacidade.
É preciso atentar a alta concentração de empreendimentos em pontos específicos da cidade, apesar do planejamento ser recomendável para coordenar o crescimento da cidade de maneira mais orientada e menos espalhada, em proximidade a transportes públicos de alta capacidade, ainda assim é importante atentar ao apagamento da memória de tecidos urbanos consolidados promovidos pela especulação imobiliária excessiva em determinados trechos. Para haver uma exploração ordenada de determinadas regiões é preciso estudar previamente as quadras e estabelecer o que precisa e merece ser preservado mesmo estando a poucos passos de estações de metrô ou corredores de ônibus.
Eu concordo com o senhor, podem existir exceções, mas para tanto, já existem instrumentos ligados à demarcação de imóveis e outros elementos como sendo de interesse histórico. O problema é que algumas poucas exceções ligadas ao patrimônio histórico e cultural estão sendo tokenizadas e instrumentadas para basicamente congelar a cidade e tornar qualquer mudança um processo burocrático. Tentar inviabilizar a verticalização só tornará o valor do m² ainda mais alto e pode, no extremo do processo, levar a uma subutilização de parte do parque de edifícios, que passa a se degradar.
A questão principal é que as áreas são mal aproveitadas. Se os terrenos fossem melhor aproveitados, teríamos mais unidades, e aumentando a oferta, gera efeito cascata nos preços. Uma pequena mudança na questão dos recuos (frontais e laterais), até inclusive zerando os recuos, já aumentaria monstruosamente a oferta (e até o tamanho das unidades), sem exigir alteração no gabarito.
Precisamos incentivar a buscar por prédios com aproveitamento total do terreno, uso do térreo (fachada ativa) para o comércio, sem precisar alterar os gabaritos. Prédios menores, com maior aproveitamento, seguindo exemplo de NY, Buenos Aires, Montevideo, Madrid, Barcelona... A cidade pode ser muito mais charmosa.
O adensamento nas áreas dos Eixos trouxe mais desvantagem do que vantagem. Quem saiu ganhando foram as construtoras, que constroem em qualquer lugar imóveis a preços estratosféricos, e não populares, gerando problemas de poluição, impacto nas nascentes urbanas, pressão nos serviços públicos e gentrificação em vários locais.
Falta uma maior diversidade de tipologias nos eixos, com falta de moradias populares, o que pode causar a gentrificação da população residente.
O Adensamento Populacional nos bairros eleva o índice de poluição, altera o vôo da avifauna, causa um processo de gentrificação, esse projeto está longe de ser sustentável e coerente com as propostas das ODS.
A Geração de emprego e renda se faz com instalações públicas que possam ofertar cargos públicos via concurso, no entorno ciclovia e ônibus elétrico para garantir a mobilidade da classe trabalhadora sem emissão dos gases de efeito estufa.
Outro ponto que acho interessante é rever a questão dos gabaritos, a grande maioria das zonas tem 28m (8 andares) como limite máximo de gabarito. Isso, em uma cidade que nem São Paulo é muito pouco. Com a legislação existente, para viabilizar uma incorporação com esse gabarito (pagando um valor razoável ao dono dos imóveis) o empreendedor tem que esgotar o permitido em lei, o que só é possível com diversos blocos - que encarece a obra e, consequentemente, o valor para o usuário final - além de ocupar um espaço que poderia ser de verde e lazer. Se aumentar o gabarito ou, até mesmo, não limitar, teríamos um empreendimento mais verticalizado e bonito, diminuindo a sombra no próprio empreendimento e na vizinhança.
A iniciativa de adensar nas proximidades dos transportes de massa é válido, porém, como diversos cidadãos já elucidaram, isso causa um grande transtorno na circulação e etc. Acredito que se ampliasse o raio dos eixos (hoje de 600m) e das áreas de influência dos corredores (300m) seria uma das soluções para "espalhar" mais os empreendimentos. Dobrar para 1.200m (raios) e 600m (corredores) seria de grande valia. Baseado no Google Maps, uma caminhada de 1.200m em subida seria feita em aproximadamente 15 minutos, nada absurdo.
O planejamento das transformações em cada Eixo de Estruturação da Transformação Urbana acontece de forma homogênea, sem levar em consideração a identidade cultural de determinadas regiões, o perfil social da população que reside nas áreas e se essas são as pessoas que vão utilizar do transporte público.
Ainda há certas concentrações fora dos eixos especialmente nas periferias mais distantes que não tem serviço de trem ou metro, sendo servidas por linhas de onibus ineficientes pelo volume da população.
O adensamento populacional proposto, especialmente em regiões mais afastadas do centro, não leva em conta o limite operacional dos ditos transportes de alta capacidade.
É preciso atentar a alta concentração de empreendimentos em pontos específicos da cidade, apesar do planejamento ser recomendável para coordenar o crescimento da cidade de maneira mais orientada e menos espalhada, em proximidade a transportes públicos de alta capacidade, ainda assim é importante atentar ao apagamento da memória de tecidos urbanos consolidados promovidos pela especulação imobiliária excessiva em determinados trechos. Para haver uma exploração ordenada de determinadas regiões é preciso estudar previamente as quadras e estabelecer o que precisa e merece ser preservado mesmo estando a poucos passos de estações de metrô ou corredores de ônibus.
Eu concordo com o senhor, podem existir exceções, mas para tanto, já existem instrumentos ligados à demarcação de imóveis e outros elementos como sendo de interesse histórico. O problema é que algumas poucas exceções ligadas ao patrimônio histórico e cultural estão sendo tokenizadas e instrumentadas para basicamente congelar a cidade e tornar qualquer mudança um processo burocrático. Tentar inviabilizar a verticalização só tornará o valor do m² ainda mais alto e pode, no extremo do processo, levar a uma subutilização de parte do parque de edifícios, que passa a se degradar.